Selic baixa indica menores rendimentos em títulos públicos e investimentos fixados no CDI. Ela também pode influenciar na baixa das taxas de juros dos créditos, sendo um momento para avaliar empréstimos, financiamentos e renegociação de dívidas.
A Taxa Selic é a taxa básica de juros do Brasil. Isso quer dizer que todas as outras taxas de juros do país (empréstimos, financiamentos e investimentos oferecidos pelo banco) são influenciadas por ela. Ela é definida a cada 45 dias pelo Banco Central para acompanhar a decisão tomada na reunião do Conselho de Políticas Monetárias (Copom).
Nos últimos anos, estamos acompanhando uma queda da Taxa Selic que, hoje, está em 3% ao ano. Entender esse movimento é importante, pois ela afeta a vida de todos os brasileiros já que influencia diretamente no consumo, na rentabilidade de investimentos e condições de obtenção de crédito.
Como a Taxa Selic controla a inflação?
Como já adiantamos, a Taxa Selic é a taxa básica de juros do Brasil e influencia as taxas de juros de aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos. Se ela tem uma tendência de impactar os juros, ela tem uma tendência, então, de impactar o comportamento do consumidor, de quem investe e de quem toma crédito. Ou seja, ela auxilia no controle do aquecimento ou desaceleração da economia. É por isso que a Taxa Selic é o principal instrumento que o governo tem para controlar a inflação.
- Aumento na Selic: tentativa do governo de aumentar o juros, reduzir o consumo e, consequentemente, os preços para reduzir a inflação.
- Redução na Selic: em um cenário de inflação baixa, os corte são uma tentativa do governo de estimular o consumo através de juros mais baixos.
Em entrevista à BBC Brasil, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles explicou que as companhias sobem os preços quando a demanda de produtos e serviços está alta e além da capacidade de produção. Isso costuma acontecer quando o país começa a crescer fora de um ritmo normal e gera um desequilíbrio. O Banco Central pode então subir a taxa de juros (Taxa Selic) para frear o consumo e ajustar a economia e a inflação na meta.
Por outro lado, a inflação tende a cair quando a demanda está muito abaixo da capacidade do país. Segundo ele, o Banco Central deve então baixar a taxa de juros para que o mercado aqueça e a inflação volte à meta.
Veja um breve resumo dos cortes na taxa:
- Novembro de 2015 – 14,25%
- Novembro de 2016 – 13,75%
- Dezembro de 2017 – 7%
- Dezembro de 2018 – 6,5%
- Dezembro de 2019 – 4,5%
- Fevereiro de 2020 – 4,25%
- Março de 2020 – 3,75%
- Maio de 2020 – 3%
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Quem ganha com a Selic baixa?
“Selic baixa é boa ou ruim?” A resposta para a questão é incerta se não considerarmos as características do cenário econômico do país no momento do corte e fizermos uma projeção do cenário nos próximos meses. Análises econômicas que olham apenas para o número são rasas e, muitas vezes, alarmistas.
Perceba que os cortes ou aumentos na taxa são formas de controlar um cenário muito maior. Essa é uma tentativa de equilibrar uma equação que, em alguns momentos, pode estar boa ou ruim para os múltiplos fatores que compõem a economia e a política econômica do país. Apesar desse relativo controle, a verdade é que a economia não depende apenas da Taxa Selic, mas sim de uma série de fatores externos.
Investir ou pegar um empréstimo não são decisões que devem considerar apenas uma queda na Taxa Selic, pois as determinações das taxas de juros de investimentos e empréstimos também dependem de outros fatores, como o prazo e as garantias envolvidas. Tendo isso em mente, vamos apresentar a seguir a tendência do impacto da Taxa Selic baixa nos investimentos, nos empréstimos e na inflação.
Como ficam os investimentos com a queda da Selic?
A Taxa Selic é o principal indicador para investimentos de Renda Fixa. Tanto em títulos públicos como em títulos de Renda Fixa oferecidos por bancos privados (CDBs, poupança, contas remuneradas, fundos DI etc) a queda irá indicar rendimentos menores. Mesmo títulos atrelados ao CDI, pois o CDI acompanha o percentual da Selic com variações mínimas.
Onde investir com a queda da Taxa Selic?
Apesar da baixa nos rendimentos de títulos como o Tesouro Selic, a Renda Fixa ainda é o melhor lugar para deixar sua reserva de emergência. Como a prioridade da reserva não é uma rentabilidade alta, investimentos fixados na Selic ou CDI ainda trazem a segurança exigida para esse valor e algum rendimento acima da inflação.
A Renda Fixa não acabou, mas a queda da Selic com os anos tirou a comodidade de quem se arriscava pouco fora dos títulos públicos e ainda obtinha uma rentabilidade considerável. Agora, investidores com perfil mais conservador precisarão repensar sua carteira de investimentos se quiserem aumentar a rentabilidade. E alguns desses investimentos podem se beneficiar com a Selic baixa, como os Fundos Imobiliários. Mais que nunca, é a hora de entender melhor outras opções do mercado de investimentos para alocar seu dinheiro e adquirir independência financeira.
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Taxa Selic baixa para empréstimos é bom?
Por outro lado, uma Taxa Selic baixa pode ser uma vantagem para quem busca empréstimos, financiamentos e renegociação de dívidas. Como ela é a taxa básica de juros do Brasil, ela influencia a taxa de juros de empréstimos e financiamentos. Uma redução pode, então, estimular as instituições financeiras a emprestarem créditos com uma taxa de juros mais baixa também.
Logo, a tendência é que o tomador de empréstimo procure e consiga mais créditos. Consequentemente, com mais dinheiro na mão, o cenário da economia pode ser aquecido, aumentando o consumo.
Como a redução influencia na inflação?
De forma bem simplificada, podemos associar uma Selic baixa a um aumento da inflação caso o país esteja preparado para o aquecimento da economia.
A inflação é um aumento contínuo e generalizado nos preços. Na teoria, um consumo maior faz com que os preços subam.
Você lembra que a diminuição na taxa indica uma tendência a mais dinheiro na mão do consumidor? Com mais dinheiro para gastar, o consumidor gira mais a economia, aquecendo os preços, o mercado e a inflação. Por isso, a inflação tende a ter um aumento discreto em um cenário de Selic baixa.
E um aumento equilibrado da inflação pode ser bem-vindo. Por exemplo, em cenários de economia estagnada, aumentos na inflação indicam um possível aquecimento e movimento no mercado.
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Conclusão
A Taxa Selic baixa diminui a rentabilidade de títulos públicos e da Renda Fixa. Por outro lado, ela pode beneficiar quem procura crédito e o aquecimento da economia do país.
Se você busca por crédito, reveja as propostas ofertadas anteriormente. Se as condições não mudaram tanto, a saída ainda é procurar por modalidades que ofereçam juros menores, como o empréstimo com garantia de imóvel. Se o seu caso é onde investir com a Selic baixa, estude opções fora da Renda Fixa e lembre-se de que a sua reserva de emergência, por enquanto, pode continuar em opções como CDBs, fundos DIs e contas remuneradas.
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