o que é e como investir em renda variável

Renda variável: o seu guia definitivo para começar a investir

30 nov 2022
24min de leitura

Renda variável é uma classificação dada aos investimentos para os quais não se consegue antecipar se ou como ocorrerá a sua rentabilidade. Isso significa que são investimentos de maior risco e, consequentemente, de melhor potencial de lucro. Uma alternativa muito indicada para quem possui perfil de investidor moderado ou arrojado, assim como para quem deseja aumentar suas chances de enriquecimento.

Contudo, não são todas as pessoas que possuem o perfil de investidor necessário para se aventurar na renda variável. Afinal, os riscos mais elevados requerem cuidados especiais. Principalmente para que o patrimônio da família não seja afetado de forma negativa.

Para entender melhor o que é esse tipo de investimento, como eles funcionam, quais as vantagens e desvantagens, além da melhor forma de começar nesse mundo, continue a sua leitura!

Preparamos um guia definitivo para que você se familiarize com esse investimento e descubra se faz sentido ou não incluir alguns títulos na sua carteira de aplicações.

Afinal, o que é renda variável?

São considerados títulos de renda variável aqueles que apresentam maior volatilidade, isto é, maior variação em um período de tempo. Essa disparidade pode ser tanto positiva quanto negativa, por isso é um investimento que deve ser feito com mais cuidado.

Na prática, o que se tem são preços que podem sofrer alterações consideráveis ao longo do tempo. E isso afeta diretamente a performance da sua carteira!

Os riscos de mercado são bastante específicos, pois é absolutamente impossível de se antever quais são os ganhos. Assim, na verdade, nem mesmo os ganhos são garantidos! Quando se compra ações de uma empresa, a expectativa é que, se esta tiver bons resultados, as ações serão valorizadas.

Contudo, essa valorização depende da performance da empresa e também do mercado, e não de taxas de juros, como é o caso da renda fixa. E é exatamente por esse motivo que o investimento é atraente para quem está disposto a encarar riscos um pouco maiores. 

Assim como a incerteza, o potencial de lucro é consideravelmente maior do que no caso do primo mais previsível, a renda fixa. Para quem está interessado em vivenciar um real enriquecimento através do mercado financeiro, a renda variável é uma parada obrigatória.

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Devo escolher entre renda fixa ou variável?

A renda fixa é o investimento mais indicado para quem está começando no mundo dos títulos e ações. Esse tipo de aplicação tem suas regras bastante claras: o quanto ou o como serão os rendimentos estão previstos desde o momento da aplicação. 

E a razão por trás disso é muito simples, afinal, são aplicações que rendem com base em taxas de juros definidas no momento do investimento. Em outras palavras, ao adquirir um título do Tesouro Selic, você já sabe, de antemão, que o seu rendimento acompanhará a taxa Selic. 

Já no caso da renda variável, a ideia é exatamente oposta! Esse ativo financeiro é influenciado por parâmetros não metrificados previamente. Então, somente é possível definir a proporção dos ganhos no momento do vencimento do título. 

Com essas distinções tão evidentes, a recomendação é que investidores conservadores ou iniciantes comecem pela renda fixa. E, em hipótese alguma, se recomenda que a reserva de emergência seja investida em renda variável

No entanto, se o seu objetivo é assumir certos riscos para experimentar um crescimento patrimonial maior, com certeza o caminho certo é acompanhar esse guia definitivo até o final e se aventurar no mundo da renda variável!

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Então, como funciona a renda variável?

Por não ter uma rentabilidade “pré-fixada”, como a renda fixa, a realidade é que a renda variável é influenciada por uma série de fatores. E dois dos principais pontos são a situação econômica e política do país, já que isso impacta diretamente, e de formas diferentes, no desempenho de todos os setores do país. Porém, não são apenas os fatores externos que são relevantes.

A renda variável também está muito atrelada ao desempenho individual da empresa. Ou seja, dos fatores internos. Assim, tanto crises internas quanto externas podem alterar o rumo dos valores de uma ação. E, desse mesmo modo, tanto mudanças internas quanto externas podem fazer essa mesma ação se valorizar. 

Mas isso não é tudo! A renda variável é também um investimento de longo prazo, já que não possui um vencimento pré-determinado. Essas ações são feitas para perdurar no tempo, diferente da renda fixa. 

Esse é um investimento para iniciantes?

Essa pergunta depende muito do tipo de investidor que você é. Caso o seu perfil seja moderado ou arrojado, é possível que você já se sinta confortável para investir em renda variável desde o começo.

Contudo, precisamos alertar que essa não é a realidade da maioria das pessoas.

A recomendação padrão é a de que você monte e preserve a sua reserva de emergência antes de iniciar com os investimentos mais voláteis. Até porque, como falamos anteriormente, sua reserva de emergência não deve ser atrelada a riscos altos. 

Porém, se você se identifica com um perfil menos conservador, você pode começar a fazer pequenos aportes mensais em renda variável. Essa é uma excelente maneira de diversificar a sua carteira de investimentos e aumentar o potencial dos seus rendimentos. 

Uma perspectiva que tem agradado bastante aos investidores brasileiros. Segundo a B3, a renda variável apresentou um crescimento bastante sólido no intervalo entre julho de 2021 e junho de 2022. 

Segundo o relatório mais recente da Bolsa de Valores, os brasileiros mantiveram suas aplicações em renda variável mesmo com as taxas de juros tão elevadas. Isso significa que a prioridade dos investidores é pela diversificação do portfólio de investimentos. Mesmo quando a previsibilidade vem acompanhada de bons lucros por causa das taxas mais altas!

E se considerarmos as projeções de redução das taxas de juros nos próximos meses, a renda variável permanece sendo uma excelente escolha de investimento.

Com tanta volatilidade, quais são as reais vantagens?

Uma das principais características do mercado financeiro é a sua dinamicidade. Diariamente os ativos sofrem valorizações e quedas, um movimento bastante imprevisível. Por outro lado, quando sua carteira está bem construída e diversificada, até mesmo os riscos podem apresentar boas oportunidades. 

E, como você já deve saber, os riscos comumente são acompanhados de retornos maiores. Sobretudo porque menos pessoas estão dispostas a se arriscar. Mas não é apenas uma questão de longo prazo. Existem ações que são negociadas diariamente, as chamadas day trade

Já quando falamos explicitamente sobre as vantagens, uma das maiores é praticidade. Com o crescimento das corretoras digitais, a compra e venda dos ativos passou a ser totalmente online. 

Tendo acesso à internet, você pode investir o seu dinheiro a partir de qualquer lugar! A única obrigatoriedade é que a aplicação deve ser feita por meio de uma corretora de valores ou instituição financeira similar. 

Além disso, as ações negociadas podem acompanhar o chamado poder de sócio. Isto é, quando se possui uma dessas ações, automaticamente se recebe o direito a voto nas principais assembleias gerais.

A consequência direta disso é poder participar ativamente das decisões internas que influenciam a valorização ou desvalorização da própria empresa. 

Outra vantagem é que existem muitas empresas negociando ações na B3, o que aumenta consideravelmente o número de possibilidades. E a variedade é muito proveitosa para quem consegue aproveitar as flutuações do mercado para fazer boas escolhas.

E essas boas escolhas, por sua vez, trazem as melhores oportunidades; Com a renda variável, além de emprestar dinheiro para empresas, é possível ter uma participação maior nas decisões e nos lucros. 

E, por último, temos os proventos. Estes são valores que podem ser recebidos como fonte de renda extra para quem investe nesse tipo de título. Seja através de dividendos, aluguéis ou Juros sobre Capital Próprio (JCP), proventos periódicos são uma das melhores maneiras de se viver a partir dos rendimentos da Bolsa de Valores.  

Portanto, em síntese:

  • Maior potencial de rentabilidade;
  • Melhores oportunidades;
  • Mais possibilidades;
  • Facilidade de investimento.

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Quais são os pontos de atenção à renda variável?

A principal questão com relação à renda variável é a exposição ao risco. Enquanto a renda fixa oferece algumas garantias específicas, tais como o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e a confiabilidade do Tesouro Direto, emitido pelo próprio governo, a renda variável é outra história. 

A segurança do seu investimento depende das escolhas feitas tanto quanto do desempenho do mercado financeiro. Nesse sentido, é importante estar ciente de que o valor investido não deve ser essencial para a saúde das suas finanças. 

Outro ponto que merece atenção é a complexidade das negociações. Se por um lado é vantajoso ter variedade de possibilidades, por outro, é mais difícil encontrar a aplicação certa no meio de tantas oportunidades. Assim sendo, é sempre indicado que se aprofunde no estudo do mercado e da reputação das empresas e dos segmentos antes de investir o seu dinheiro.

Afinal, a volatilidade também é um fator de risco.  Ao mesmo tempo em que uma ação pode passar por um pico de crescimento, ela pode sofrer uma grave queda. E esse cenário também precisa ser bem administrado pelo investidor. 

Por fim, a renda variável apresenta custos mais elevados do que a renda fixa. Isso porque, além da corretagem, é preciso pagar emolumentos à B3, assim como a tributação cabível nas operações de compra e venda, por exemplo. 

Contudo, com o preparo certo e o conhecimento necessário para fazer boas escolhas, as oscilações não devem ser motivo para preocupações. Afinal, fazendo o acompanhamento correto, é possível vender seus ativos a qualquer momento.

Quem é o emissor dos títulos e ações?

Você provavelmente está se perguntando como funciona esse ramo de investimentos na prática. Para quem você está entregando o seu dinheiro? Como esse dinheiro vai ser usado? Não existe uma resposta única para nenhuma dessas perguntas, mas existem algumas possibilidades que você deve conhecer.

Primeiramente, os emissores de títulos de renda variável são empresas cujas ações são negociadas na Bolsa de Valores. Isso significa que são empresas de capital aberto e que estão em busca de investimentos para realizarem alguma estratégia de negócio.

Algumas empresas desejam aumentar o capital aplicado em seus próprios investimentos, outras buscam se capitalizar para realizar alguma ação específica… É com relação a isso que há um maior número de possibilidades. Em geral, os objetivos são:

  1. Financiar grandes investimentos;
  2. Promover projetos de expansão;
  3. Ganhar mercado.

Esse investimento é, em muitos casos, necessário para que uma empresa sobreviva em seu ramo, expandindo sua rede de clientes e conexões. 

Inclusive, o primeiro momento em que uma empresa negocia suas ações é muito relevante. Esse evento é chamado de IPO, a sigla para Initial Public Offering. O IPO é, em síntese, quando uma empresa abre o seu capital para ser negociada na Bolsa de Valores. 

Isso representa, na prática, uma oferta pública inicial e pode ser muito estratégico para potencializar os lucros sobre o crescimento da empresa. Resumidamente, uma empresa abre o seu capital para se expandir e, ao atrair investidores, ela obtém esse resultado. E a consequência direta para os investidores é, com isso, a participação nos lucros. 

E o meu dinheiro pode ficar preso?

Quando pensamos em renda fixa, alguns dos investimentos possuem alta liquidez. Na prática, isso significa que retirar a aplicação antes do vencimento não implica em perda de dinheiro. Já no caso da renda variável, a liquidez tende a ser mais baixa. Contudo, tudo depende das características próprias de cada tipo de investimento.

Assim, esteja atento às possíveis variações da liquidez antes de fazer uma aplicação. Você precisa realizar um estudo prévio e criterioso para entender quais operações são bons negócios no seu caso. E esse estudo inclui a avaliação da liquidez, a qual representa a capacidade de uma aplicação se tornar dinheiro na sua conta. 

Quanto mais alta a liquidez, maior a facilidade de se converter a aplicação em dinheiro. Quanto mais baixa, menor essa facilidade – e maior o potencial de você perder dinheiro na operação se resgatá-lo antes do vencimento. 

Porém, a melhor forma de fazer essa avaliação prévia é conhecendo os principais tipos de renda variável.

Quais são os principais tipos de renda variável?

O mercado da renda variável é bastante diverso. Existe uma pluralidade de títulos possíveis e é preciso conhecer alguns deles para tomar boas decisões. Para começar, preparamos uma lista com os nove principais tipos de investimentos, com suas vantagens e desvantagens. 

  1. Ações

São parcelas do capital de uma empresa negociadas na Bolsa de Valores. É uma das modalidades de renda variável mais conhecidas, principalmente por sua frequência nas mídias.

Ao adquirir uma ação, você adquire um dos títulos emitidos por empresas. Esse título emitido também pode ser chamado de “papel” e representa uma parte da empresa.

Dessa forma, quando você compra essas ações, você também passa a ser um dos sócios da pessoa jurídica em questão. Quanto mais ações de uma mesma empresa, maior o seu percentual sobre ela. Isso inclui a divisão dos ganhos e das perdas. 

É por esse motivo que o estudo prévio deve ser criterioso. A reputação da empresa influencia diretamente no valor das suas ações, assim como nas condições políticas e econômicas do país. 

Esses títulos podem ser facilmente adquiridos em um home broker, por meio de corretoras tradicionais ou de serviços bancários. Inclusive, a compra e a venda podem acontecer totalmente de forma digital, facilitando o seu acesso. 

Os lucros podem vir de duas fontes: os dividendos e a valorização. No primeiro caso, os sócios recebem uma parte dos lucros que são distribuídos aos acionistas. No segundo caso, o preço dos títulos negociados na Bolsa de Valores pode aumentar ou diminuir ao longo do tempo. Quando se adquire um título com valor baixo, e ele sofre uma valorização, tem-se o lucro. 

  1. Fundos Imobiliários (FIIs)

Um fundo imobiliário é composto por investidores que aplicam seus dinheiros de maneira conjunta no mercado imobiliário. Seja para a construção, aquisição ou outra ação dada aos imóveis, o objetivo é obter ganhos que serão compartilhados entre os investidores.

Na prática, os imóveis são adquiridos, construídos ou reformados para posterior locação ou arrendamento. E os lucros são divididos proporcionalmente entre os sócios. Quanto maior o capital investido, maior o percentual do lucro na divisão. 

Muitos oferecem rendimentos mensais, mas não se engane: não se trata de renda fixa. As ações flutuam na Bolsa de Valores e os títulos são negociados em pregões da B3. Por isso, não confunda! Os FIIs não são títulos públicos ou de renda fixa, por mais que os rendimentos funcionem de maneira similar.

Sabendo disso, escolha com atenção os fundos e acompanhe a gestão da carteira de investimentos dos FIIs. Como você pode ver, não há garantias e também não é possível saber se haverá retorno. Contudo, as perspectivas são muito boas e é um excelente investimento para quem está preparado para se arriscar um pouco.

Quando se pretende fazer uma aplicação desse tipo, é preciso estudar a carteira de investimentos que já foi montada pelos administradores.  E um ponto muito positivo dessa modalidade é que você pode analisar a performance do fundo em questão nos últimos anos.

  1. ETFs

Essa é a sigla para Exchange Traded Funds, isto é, “fundos de índices”.  Uma das características mais legais desse tipo de investimento é que eles são negociados para acompanhar um determinado índice do mercado financeiro.

Assim, os títulos escolhidos para compor o ETF são selecionados para atingir um único objetivo: ter um rendimento similar ao do índice pré-definido.

Isso significa que um único investimento oferece diversificação para a sua carteira, já que uma única cota de EFT representa uma soma de ações da Bolsa de Valores. Assim sendo, os ETFs são gerenciados de forma passiva e, por isso, são recomendados para quem ainda está começando a investir na Bolsa. 

Seus valores são bastante acessíveis, com bons fundos sendo encontrados a partir de R$10,00. Mas não é só isso: como os ajustes são frequentes, a liquidez dos EFTs é bastante alta. O que significa, para você, facilidade de adquirir e vender suas cotas.

Por outro lado, é preciso estar atento ao Imposto de Renda cobrado em aplicações acima de 20 mil reais e também com a reputação do EFT, do índice escolhido e, claro, da administradora.

  1. Opções

Opções são contratos estabelecidos com o intuito de conferir o direito de comprar e vender ativos financeiros. Esse contrato é feito para que a operação ocorra em data futura e por um preço pré-estabelecido. 

Desse modo, o preço das opções está diretamente ligado ao preço do seu ativo referente. Por isso elas podem ser usadas para proteger a carteira de investimentos. Nesse caso, o investidor adquire uma opção de compra e venda quando tem receio de que o valor das ações diminua ao longo do tempo. 

Uma proteção que decorre justamente do valor pré-estabelecido. Já para quem não tem esse objetivo, o lucro pode estar na definição dos valores das opções, que também sobem e descem de acordo com as dinâmicas do mercado, uma estratégia de alavancagem para os investimentos. Contudo, existe uma característica ainda mais interessante nessa modalidade de investimentos. 

As partes desse contrato são o titular (comprador) e o lançador (vendedor). Na prática, o comprador adquire o direito de comprar ou vender, mas não a obrigação. Na contramão disso, o lançador é obrigado a cumprir, na data futura definida, o preço estabelecido e, consequentemente, a venda. 

No entanto, o direito de comprar ou vender somente é garantido se o titular pagar o prêmio exigido, isto é, uma quantia definida para que seja resguardado o seu direito.

  1. Câmbio

Sim, esse nome se refere à valorização e desvalorização sofridas pelas moedas. Os investimentos em câmbio consistem em aplicações que se baseiam em moedas. 

É uma estratégia muito usada para diversificar a carteira, mas é preciso ter cuidado. Alguns investidores escolhem essa modalidade para protegerem seus patrimônios das oscilações da economia nacional. Porém, a contrapartida é que se assumem os riscos das oscilações de outras economias e esse cenário deve ser estudado com muita cautela.

Afinal, as moedas estrangeiras também sofrem flutuações de preço, assim como as taxas de juros também afetam os rendimentos. 

Essas negociações podem acontecer de algumas formas. Uma delas é através dos fundos cambiais, definidos assim por manterem pelo menos 80% de seus ativos aplicados em estruturas cambiais. Porém, esse não é o único jeito. 

Existem contratos e minicontratos futuros que também são negociados em dólar na Bolsa de Valores. Essa possibilidade se assemelha às opções, com data e preço definidos previamente. 

Por fim, uma outra possibilidade são os Certificados de Operações Estruturadas, os COEs, que se baseiam em moedas estrangeiras e, por isso, também são classificados como investimentos de câmbio.

  1. Futuros

São negociações de ativos para data posterior, com a possibilidade de o comprador vender sua obrigação para outro investidor. Esses contratos são negociados no pregão da B3 e possuem preço fechado e data futura, podem ser dos mais variados ativos.

A título de exemplificação, no Brasil, são negociados futuros de café, soja, boi, milho… E diariamente os lucros e prejuízos são ajustados pela Bolsa. Desse modo, os investidores podem fazer depósitos e saques para compensar, respectivamente, as perdas e os ganhos.  Na negociação são definidas a quantidade de ações, a data e o valor, por isso é ideal para operações de alavancagem e de curto prazo – já que há uma oscilação do valor dos ativos. 

O seu destaque se dá pela maior previsibilidade para as operações agrícolas, por exemplo. Com os futuros, os agricultores fixam as negociações ao dólar, por exemplo, tornando os seus resultados mais precisamente calculáveis. 

No entanto, investir em um futuro não significa a compra real daquele bem. Os lucros estão na oscilação desses insumos no mercado financeiro, não na compra real. E os bens negociados na B3 com contratos desse gênero são as commodities.

Elas são matérias-primas vendidas a partir de preços tabelados e  que sofrem alterações devido a fatores externos. As commodities podem ser agrícolas, minerais, financeiras ou de recurso energético. Insumos que passam por altas e baixas, com valores flutuantes por causa de condições climáticas, de safras e também pela oferta e procura desses produtos.

Algumas das commodities mais comuns são o barril de petróleo, a arroba do boi, da soja, do ouro, dentre outros. Os quais são negociados previamente independentemente da empresa que os esteja vendendo. 

A segurança desse investimento está no caráter essencial dessas matérias-primas, as quais possuem baixo nível de industrialização. 

  1. Fundos de Investimento

Os fundos de investimentos são carteiras que dedicam grande parte do patrimônio às aplicações em mercados organizados. Ou seja, são ativos reunidos em um fundo com a finalidade de serem negociados nas bolsas de valores ou em outros ativos similares, como as ações estrangeiras negociadas no Brasil. 

A grande vantagem dessa modalidade de aplicação é que você pode economizar tempo e dinheiro, já que as decisões de investimentos são tomadas por um gestor especializado.

Assim, você se aproveita de estratégias complexas e do capital reunido no fundo para aumentar suas chances de êxito no mundo da renda variável. Esses veículos de investimento coletivo são feitos por um grupo com o mesmo objetivo, o qual determina quais serão as estratégias e inversões dadas ao patrimônio dos investidores, que dividem entre si os lucros e as perdas.

Os pontos negativos são os custos, como a remuneração do gestor e as taxas de administração, que é usada para arcar com aquela, e performance

Existem diversos tipos de fundos de investimento, então recomendamos que você pesquise minuciosamente a reputação dos investimentos, assim como os objetivos e custos de cada um. 

  1. Criptomoedas

As criptomoedas se popularizaram nos últimos anos e são moedas virtuais que podem ser convertidas em valores. A produção e o controle desses ativos ficam nas mãos dos bancos centrais e consistem em uma série complexa de códigos que possuem relevância financeira.

A tecnologia utilizada para protegê-las é ainda mais complexa, as blockchains, com toda a criação e movimentação sendo feitas por uma rede descentralizada de servidores.

Os investimentos devem ser feitos a partir de corretoras especializadas e existem diversas moedas em circulação. Bitcoin, Tether, Dash e Ripple são alguns dos nomes que ficaram famosos, mas não são os únicos.

A grande cautela com esse investimento está na flutuação de valores, já que a volatilidade é muito elevada e não há lastro para esse dinheiro. E se você se perguntou sobre como funcionam os lucros, a resposta é simples: através da mineração ou da compra e venda.

A compra e venda é a boa e velha negociação feita entre alguém interessado em um ativo e alguém que possui esse ativo. Já a mineração está relacionada com a criação de novas moedas. Uma rede de computadores funciona em sintonia para que novas cadeias sejam inseridas na blockchain e os donos desses computadores recebem uma parcela dos lucros da criptomoeda.

De forma resumida, as blockchains são correntes complexas de informações compartimentadas em blocos. Cada bloco possui códigos específicos e eles são conectados entre si, tornando praticamente impossível a alteração das informações após serem inseridas na corrente. Assim, as alterações somente são válidas após todos os computadores conectados validarem a nova informação.  

É uma tecnologia que ganhou muita relevância nos últimos tempos justamente devido ao alto grau de segurança. 

Quais cuidados preciso ter com a renda variável?

Os investimentos de renda variável são considerados mais arriscados pelas oscilações nos preços negociados, e esse é um dos pontos em que se deve prestar mais atenção. Contudo, os investimentos sempre são acompanhados por algum tipo de risco, não importa se maior ou menor. E independentemente de quais sejam as estratégias, é impossível se livrar completamente deles.

O que está ao seu alcance, por outro lado, é que, enquanto investidor, você pode fazer boas escolhas. Esse é o melhor caminho para mitigar as chances de perda e potencializar as chances de ganhos. 

Procurar sempre negociar ações através de instituições financeiras de confiança é um dos critérios, mas não deve ser o único. Compre títulos de empresas que historicamente são boas pagadoras de dividendos, por exemplo. Essa é uma forma de encontrar ações com menor volatilidade.

Afinal, esse é um dos principais riscos no mercado da renda variável.

Outras possibilidades que devem ter a sua atenção são os riscos de crédito e de liquidez. No caso do primeiro, eles são maiores quando há maiores chances de a empresa não cumprir com sua obrigação. Isto é, não honrando a contrapartida de receber o seu dinheiro: o pagamento da rentabilidade do título.

Para verificar essa situação antes de investir dinheiro, consulte a classificação de risco da empresa, e dos títulos por ela emitidos, em agências especializadas. A avaliação positiva será inversamente proporcional ao risco. Em outras palavras: quanto melhor avaliada, menor o risco.

No caso dos riscos de liquidez, por outro lado, é a dificuldade que você pode encontrar em transformar o ativo em dinheiro. Se não existem muitos compradores interessados em um certo título, maior será sua dificuldade para vendê-lo. E, assim como nas hipóteses anteriores, existem aplicações que apresentam riscos maiores do que outras.

Assim, voltamos a reforçar: a melhor estratégia para reduzir suas chances de perder dinheiro é estudar com cautela cada investimento antes de fazê-lo. Dessa maneira, você resguarda o seu patrimônio e também aumenta a possibilidade de enriquecer no mundo dos títulos e ações. 

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Conclusão 

A renda variável é um tipo investimento essencial para quem pretende aumentar os ganhos a partir de aplicações. Sua principal característica é a imprevisibilidade, já que suas oscilações estão atreladas às condições de mercado e da própria empresa que negocia ações na Bolsa de Valores.

Um cenário que é afetado tanto por questões internas quanto externas. Contudo, quando os interesses estão bem alinhados, a probabilidade de sucesso faz dela um investimento muito vantajoso.

Seja negociando ações, ETFs, FIIs ou outras modalidades de renda variável, é fundamental que você esteja atento à reputação da emissora do título e, ou, da gestão do fundo. Em suma, essas são as informações que mais influenciaram no quanto um ativo será valorizado ou desvalorizado ao longo do tempo.

Assim, antes de realizar qualquer aplicação, a recomendação é que você estude criteriosamente as possibilidades antes de definir onde irá confiar o seu dinheiro.

E, desse modo, podemos concluir que renda variável é um excelente investimento. Apesar da imprevisibilidade, os ganhos podem compensar os riscos, mas é sempre importante se esforçar para reduzi-los.

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