Alienação fiduciária é um nome que parece complicado, mas tem um significado simples: nada mais é do que usar um bem, seja ele um imóvel ou um veículo, como garantia de pagamento de empréstimos ou financiamento.
Ou seja, o bem que você usa para tomar um empréstimo fica em alienação fiduciária e é transferido para o credor até o pagamento total dos débitos. Durante esse período, o imóvel fica no nome da instituição financeira e, somente após quitar a dívida, ele é transferido de volta para o seu nome.
Por se tratar de uma garantia real — existe um bem material como segurança para a entidade financeira em caso de inadimplência —, é um recurso usado em modalidades de crédito, cujas taxas de juros tendem mais atrativas e cujo pagamento acaba sendo facilitado.
Aqui neste conteúdo, vamos falar sobre todas as regras que envolvem a alienação fiduciária e todos os cuidados que você deve ter no processo, assim você tem mais tranquilidade e segurança na hora de contratar. Confira!
O que é alienação fiduciária?
A alienação fiduciária é quando você oferece o seu bem como garantia durante o período de pagamento de um crédito tomado, seja um empréstimo ou um financiamento. Você não precisa se preocupar com seu imóvel ou veículo sendo alienado por outras instituições nem com a perda dele para a entidade credora, pois, ao fim do pagamento, o bem volta para o seu nome.
Neste tipo de contrato, existe a possibilidade de alienar diferentes bens. Confira a seguir:
Alienação fiduciária de bens imóveis
Aqui, para tomar um empréstimo, você oferece o seu imóvel como garantia de pagamento. É a modalidade utilizada no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) e no home equity — modalidade de crédito que temos aqui na CashMe.
Para informar a alienação de bens imóveis, uma observação é adicionada na matrícula de registro do imóvel, comunicando que ele é de propriedade da instituição financeira até a quitação das parcelas. Esse registro de alienação tem um custo, mas aqui na CashMe ele é embutido na operação e pago junto com as parcelas, pois sabemos que, no momento da contratação, nem sempre você tem o recurso necessário para arcar com essa despesa.
Alienação fiduciária de bem móveis
No caso de alienação de veículo, você utiliza o seu automóvel como garantia de quitação das dívidas. Normalmente é escolhido por quem necessita de menos crédito ou por quem ainda não possui um imóvel próprio, mas é importante entender as propostas de crédito e compará-las com as suas necessidades.
No empréstimo com veículo em garantia, também é inserida uma informação no documento do carro, que mostra a transferência de propriedade do bem para a entidade financeira até o fim do pagamento das parcelas.
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Qual a diferença entre alienação fiduciária de imóvel e hipoteca?
Antes de entender o que diferencia o empréstimo com imóvel em garantia e a hipoteca, vamos descobrir o que são garantias de pagamento:
Garantia real
Essa categoria engloba a hipoteca, a alienação fiduciária e o penhor. São modalidades de empréstimos e financiamentos que possuem um bem para assegurar o pagamento da dívida. Em caso de inadimplência, é possível renegociar a quantia restante e, somente em último recurso, a instituição vende ou leiloa o imóvel para quitar os débitos, já que ela não possui interesse em adquirir imóveis.
Alienação fiduciária
Como já dito anteriormente, o bem é colocado no nome da instituição financeira até a quitação total da dívida. Nessa modalidade, existe exclusividade no contrato, ou seja, o imóvel será alienado apenas em uma empresa de crédito. Isso traz mais segurança para o credor e, por isso, pode também trazer condições melhores de pagamento para o tomador.
Em algumas instituições, o bem deve primeiramente estar em seu nome. Não é o caso da CashMe: nossos contratos são personalizados para seu momento e suas necessidades. Então, é possível alienar o imóvel de terceiros, desde que estejam na operação, além de ter a possibilidade de alienar mais de um imóvel para aumentar o valor do crédito.
Na prática, nada muda: durante o contrato, você pode continuar morando no seu imóvel e até mesmo alugá-lo ou fazer reformas.
Hipoteca
Nesse caso, não há uma transferência de titularidade: o bem continua no nome do proprietário, que pode ser o tomador de crédito ou não. Ou seja, qualquer bem imóvel pode ser entregue como pagamento da dívida (claro, após avaliação da empresa) e um mesmo imóvel pode ser hipotecado em várias instituições.
Com isso, esse tipo de crédito possui mais riscos do que a alienação fiduciária e, por consequência, tende a ter taxas mais altas. Além disso, a hipoteca precisa de uma escritura pública, que é um documento mais caro do que o registro de alienação.
Penhor
Aqui, o bem fica sob posse da instituição financeira até o fim da dívida, mas a propriedade dele ainda é do devedor, isto é, mesmo que fiquem com o credor, não há transferência de nome durante o processo. No geral, esses bens móveis podem ser veículos, quadros, joias e outros materiais de valor.
Garantia pessoal
Nessa categoria, diferente dos empréstimos com bens materiais em garantia, você precisa de uma terceira pessoa, alguém que assuma a responsabilidade de pagar a dívida, caso você não possa. Aqui, entram fiança e aval.
Quais as vantagens da Alienação Fiduciária?
Dentre os principais benefícios da alienação fiduciária, destaca-se a taxa de juros menor, em comparação com outros tipos de crédito, e prazos de pagamento maiores, o que traz mais segurança financeira para o cliente. Além disso:
- Você pode conseguir valores mais altos, principalmente no home equity. Aqui na CashMe, você pode ter até 60% do valor do seu imóvel!
- É uma operação segura para ambos os lados. Mas vale reforçar a necessidade de pesquisar instituições sérias, fazer simulações e sanar todas as dúvidas antes do fechamento do contrato, assim você diminui os riscos.
- As condições de pagamento são mais facilitadas. Para o home equity, por exemplo, você tem até 240 meses para pagar e ainda 3 meses de carência para a primeira parcela; para o SFI, você também possui parcelas de até 240 meses.
- As taxas de juros são mais baixas justamente pela segurança da operação, vinda por meio do bem alienado.
Alienação fiduciária possui riscos?
Alienar um bem é uma operação bastante segura, mas existem algumas dicas que podem te ajudar a minimizar quaisquer riscos que possam existir:
- Planeje-se: apesar de oferecer um imóvel como garantia para ter mais segurança, é importante que você não comprometa a sua renda com parcelas que ultrapassem 30% do seu faturamento mensal. Assim, você pode arcar com a dívida com mais tranquilidade.
- Durante a alienação fiduciária, caso precise vender o imóvel, existe um caminho a ser seguido. Vale consultar a entidade financeira e deixar claro para o comprador. Mas não se esqueça de que é possível fazer isso sem dor de cabeça, já que você pode usar seu imóvel normalmente enquanto estiver alienado. Falaremos sobre isso mais para frente!
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Quais as etapas da Alienação Fiduciária?
Para que a transação de crédito com alienação fiduciária seja feita, é preciso seguir algumas etapas:
- Antes de mais nada, a matrícula do imóvel deve estar regularizada. É nela que constam todas as informações sobre o imóvel, desde a construção, até eventuais vendas, reformas e mudanças de proprietários. Sem ela, não é possível dar entrada no processo de alienação fiduciária no cartório.
- Com a matrícula regularizada, é feito o contrato de alienação fiduciária, onde encontram-se todas as informações da operação, como o valor total da dívida, prazo de pagamento, descrição das taxas cobradas e até detalhes do bem a ser alienado.
- Esse contrato será registrado em cartório e nele constarão todas as informações relacionadas à alienação, como o desdobramento de posse, registrando a instituição como possuidora indireta do imóvel.
- Ao quitar a dívida, a entidade de crédito deverá emitir um termo de quitação, que deve ser levado ao cartório em que o contrato foi registrado, para que seja realizada a baixa da cláusula de alienação fiduciária.
Execução de alienação fiduciária
A execução da alienação fiduciária ocorre quando o devedor não consegue arcar com as parcelas do empréstimo e fica inadimplente. Nesses casos, o primeiro passo é tentar renegociar a dívida para que você consiga quitá-la. Mas atenção: esse é um recurso que pode ser solicitado após o pagamento de, no mínimo, seis parcelas do contrato vigente.
Se, mesmo com uma possível renegociação, não der para quitar as parcelas, a instituição financeira precisa fazer uma notificação de inadimplência para o devedor, por carta registrada ou protesto do título. Caso a dívida ainda permaneça, a entidade deve vender ou leiloar o bem para reaver o valor emprestado, ao qual tem direito.
Leilão do bem alienado
Nos casos em que não é possível receber o valor do devedor, a instituição deve fazer a venda do bem sem a necessidade de um processo judicial. Ela tem a liberdade de escolher como recuperar esse crédito e o leilão é uma das formas mais comuns.
Mas quando se trata do leilão dos bens móveis e imóveis, as leis específicas possuem diferenças:
- Para bens móveis: caso o valor não seja suficiente para quitar a dívida, é direito do credor continuar cobrando a diferença do devedor.
- Para bens imóveis, o cenário é diferente: se o bem for vendido e o valor não for suficiente para quitar o débito, a dívida é considerada liquidada e o credor não tem direito de cobrar a diferença.
Em ambos os casos, se o valor leiloado for maior do que a dívida, o dinheiro é devolvido ao devedor.
Como evitar a execução da alienação fiduciária?
A dica mais importante para conseguir quitar todas as parcelas em dia é ter um planejamento financeiro organizado e saber quanto do seu faturamento poderá destinar a isso mensalmente. Na fase de pesquisa e contratação, procure instituições que possam te ajudar a encontrar uma oferta de crédito mais personalizada.
Aqui na CashMe, nós temos uma equipe destinada à fase de aprovação de crédito que conversa com você para entender o seu momento e suas necessidades e, assim, oferecer um contrato de crédito pensado especialmente para você. São diversos fatores considerados além dos 30% de praxe do mercado, pois buscamos entender o cenário financeiro como um todo.
É possível comprar ou vender um imóvel com alienação fiduciária?
No geral, para quaisquer transferências de titularidade, todas as partes envolvidas devem estar cientes e de acordo com a mudança, tanto credor e devedor, quanto a nova pessoa interessada em adquirir o bem. Ainda assim, a transferência do imóvel só deverá acontecer em alguns casos, entenda:
- Se um imóvel é alienado para capital de giro, por exemplo, o novo comprador não se responsabilizará pelo pagamento dessa dívida.
- Se o imóvel é alienado para financiamento, existe a possibilidade de o novo comprador quitar as dívidas para que a alienação fiduciária seja cancelada e o imóvel possa ser transferido livre de ônus.
- Existe a opção de ele assumir o financiamento existente, desde que o credor concorde e sejam cumpridas todas as exigências legais e contratuais.
Nesse processo, há a troca do registro de propriedade e o contrato é alterado, para atualizar não somente o novo dono do bem como o novo devedor.
Para vender um bem imóvel ou móvel que está alienado, é preciso preencher todos os documentos necessários para a transferência e os trâmites devem ser seguidos à risca, pois se a venda não for feita de forma correta, o devedor inicial continuará sendo o responsável por arcar com a dívida que ele adquiriu inicialmente.
Uma segunda opção é quitar as dívidas antes de vender o imóvel para que ele seja transferido sem nenhuma alienação fiduciária. Caso isso seja possível, também é uma boa opção, já que o imóvel poderá ser vendido mais facilmente.
Como faço para retirar a alienação fiduciária após a quitação da dívida?
A quitação da dívida se dá quando não existe mais nenhuma obrigação financeira junto à instituição de crédito. Ocorre quando você faz o pagamento da última parcela do empréstimo e, por consequência, torna-se de novo o único dono do bem.
Ao fim do contrato, é importante atualizar o registro do imóvel ou o documento do veículo, basta levar o termo de quitação onde o veículo foi matriculado — lembre-se, portanto, de solicitá-la ao credor.
No caso do veículo, o órgão responsável dará baixa no registro do veículo em até dez dias. Se a atualização não for feita nesse prazo, verifique se o veículo não possui nenhuma pendência como multas ou atraso no IPVA.
Já no caso do imóvel, é necessário se dirigir até o Cartório de Registro de Imóvel com os documentos necessários e o termo de quitação. Lá, você pode solicitar a atualização. O histórico de todo o processo ficará na matrícula do imóvel, assim como a baixa na cláusula de Alienação e a atualização de que você é, novamente, o único dono.
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Conclusão
A alienação fiduciária é um contrato de garantia que traz mais segurança às operações de crédito por conta do bem alienado. Possui melhores condições de pagamento, prazos estendidos e menores taxas de juros em comparação a outros empréstimos, além de ser menos burocrática.
Por outro lado, há o risco, por menor que seja, de ter o bem tomado em caso de inadimplência. Então, tenha um planejamento financeiro bem estruturado antes de contratar um empréstimo com garantia: compare propostas e escolha instituições que tenham mais suporte na hora da contratação.
Aqui na CashMe, temos uma equipe dedicada para te apoiar e ajudar a sanar todas as suas dúvidas na contratação de um empréstimo com garantia de imóvel, além de você poder ter até R$ 15 milhões ou 60% do valor do imóvel em crédito liberado. Simule agora!
Esclarecedor.
É possível alienar imóvel que esteja em inventário ?
Olá, Omar! Tudo bem?
Segundo o Código de Processo Civil, se você for o inventariante, é preciso buscar uma autorização do juiz para alienar o imóvel. Combinado?
Como comprar um imóvel que esteja alienado?