Crédito rotativo: o que é e como funciona?

24 fev 2025
10min de leitura

O crédito rotativo é uma modalidade de crédito oferecida por bancos e instituições financeiras utilizada em situações emergenciais, mas o uso frequente pode gerar dívidas difíceis de controlar devido aos altos juros aplicados.  

No texto abaixo você vai entender o que é o crédito rotativo, como ele funciona, seus impactos financeiros e, principalmente, como evitar utilizar essa modalidade, além de quais as modalidades mais saudáveis para utilizar em seu planejamento financeiro. 

O que é crédito rotativo? 

O crédito rotativo é uma linha de crédito automática vinculada ao cartão de crédito, utilizada quando o consumidor não paga o valor integral da fatura até a data de vencimento. Nesse caso, o saldo devedor é transferido para o próximo mês, com a aplicação de juros compostos sobre o valor pendente. 

Essa modalidade é considerada uma das mais caras do mercado financeiro, devido às altas taxas de juros. Apesar disso, muitas pessoas recorrem ao crédito rotativo por falta de planejamento financeiro ou em situações de emergência. 

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Como funciona o crédito rotativo? 

O crédito rotativo funciona de maneira simples, mas pode se tornar uma armadilha financeira se não for usado com cautela. Quando o consumidor paga menos que o valor total da fatura, ele automaticamente entra no rotativo, e o saldo devedor começa a acumular juros. 

Etapas do crédito rotativo: 

  1. Pagamento parcial da fatura: o cliente paga um valor inferior ao total da fatura, ativando o crédito rotativo. 
  1. Incidência de juros: juros compostos são aplicados sobre o saldo devedor, aumentando o montante devido. 
  1. Fatura do mês seguinte: o valor da dívida é somado às novas compras, além dos juros acumulados. 
  1. Parcelamento obrigatório: se o cliente não quitar o débito no mês seguinte, o banco é obrigado a oferecer um parcelamento com condições mais vantajosas, geralmente com taxas de juros menores. 

Exemplo prático  

Imagine que você tenha uma fatura de R$ 1.000 e decide pagar apenas R$ 300. Os R$ 700 restantes entram no crédito rotativo, acumulando juros que serão cobrados na próxima fatura. Se o valor não for quitado integralmente no mês seguinte, novos juros continuarão a ser aplicados, aumentando a dívida de forma significativa. 

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Impactos do crédito rotativo 

Embora o crédito rotativo ofereça uma solução temporária para quem enfrenta dificuldades financeiras, ele traz riscos significativos. Os principais impactos negativos incluem: 

1. Juros elevados 

Mesmo com o novo limite imposto pela lei, o crédito rotativo ainda possui taxas de juros muito altas em comparação com outras modalidades de crédito, como empréstimos pessoais ou financiamentos. Isso faz com que a dívida cresça rapidamente, dificultando o pagamento. 

2. Ciclo de endividamento 

O uso frequente do crédito rotativo pode levar a um ciclo vicioso de dívidas. O consumidor paga o mínimo da fatura, acumula juros, e no mês seguinte, a dívida está ainda maior. Esse ciclo pode se prolongar por meses, comprometendo o orçamento familiar. 

3. Impacto na pontuação de crédito (score) 

O acúmulo de dívidas e o atraso no pagamento da fatura podem prejudicar sua pontuação de crédito, dificultando a aprovação de financiamentos, empréstimos e até a obtenção de novos cartões de crédito. 

4. Comprometimento da saúde financeira 

O estresse financeiro causado por dívidas acumuladas pode afetar não apenas o bolso, mas também a saúde mental e emocional do consumidor, gerando ansiedade e preocupação constantes. 

O que são os juros rotativos do cartão de crédito?   

As taxas de juros normalmente refletem os riscos de inadimplência por parte do consumidor. Quanto maior o risco, maiores as taxas de juros.   

Os juros do crédito rotativo costumam ser altos por conta da elevada taxa de inadimplência. Devido à dificuldade no pagamento da fatura do cartão de crédito, as instituições financeiras entendem que o risco é muito alto.   

Como calcular os juros rotativos?  

Se você atrasou o pagamento de sua fatura ou só pagou o valor mínimo, saiba que é possível calcular a taxa de juros rotativos que será cobrada. Para isso, você deve seguir estes passos:  

  1. Consulte sua fatura ou contrato do cartão;  
  1. Descubra qual é o valor mínimo permitido pela operadora;  
  1. Informe-se sobre a taxa de juros cobrada pela instituição financeira;  
  1. Subtraia o valor mínimo pago do total da fatura. O resultado será o valor sobre o qual o rotativo será calculado para a próxima fatura;  
  1. Multiplique esse valor pela porcentagem referente à taxa de juros;  
  1. Adicione o valor de IOF mensal e diário;  
  1. Some todos esses valores e descubra o valor total que terá que ser pago no próximo mês.  

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Parcelamento do crédito rotativo  

Existem algumas regras estabelecidas pelo Banco Central sobre esse tema. São elas:  

  1. As taxas de juros cobradas pelo parcelamento devem ser mais baixas do que as do rotativo;  
  1. O cliente e a instituição definem a data de vencimento e a quantidade de parcelas a serem pagas;  
  1. O valor dessas parcelas é acrescentado às próximas faturas;  
  1. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) também é cobrado sobre esse parcelamento;  
  1. As taxas de juros costumam variar de acordo com a quantidade de parcelas escolhida.  

Também existe a possibilidade de o banco fazer um parcelamento de fatura automático após o período de uso do rotativo. Mas, é preciso ter muita atenção, pois isso precisa estar previsto em contrato.  

Crédito rotativo: o que mudou com a Lei do Desenrola Brasil? 

Em outubro de 2023, entrou em vigor a Lei do Desenrola Brasil (Lei Nº 14.690/2023), que trouxe mudanças significativas para o crédito rotativo. O principal destaque foi o estabelecimento de um teto para os juros cobrados nessa modalidade. 

Principais mudanças: 

  • Limite de juros: os encargos não podem ultrapassar 100% do valor original da dívida. Isso significa que, se você tiver uma dívida de R$ 500, o valor máximo que poderá ser cobrado em juros será de R$ 500, totalizando uma dívida de até R$ 1.000. 
  • Redução do superendividamento: antes da lei, os juros do crédito rotativo podiam ultrapassar 400% ao ano, tornando as dívidas praticamente impagáveis. Agora, o limite busca proteger o consumidor do ciclo de endividamento contínuo. 
  • Mais transparência: as instituições financeiras devem informar de forma clara e detalhada as condições do crédito rotativo e do parcelamento da fatura. 

Como evitar o crédito rotativo? 

Evitar o uso do crédito rotativo é essencial para manter a saúde financeira em dia. Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar: 

1. Controle rigoroso dos gastos: faça um planejamento financeiro mensal, listando todas as suas receitas e despesas. Evite compras impulsivas e priorize gastos essenciais. O uso de aplicativos de gestão financeira pode ajudar a ter um controle mais detalhado. 

2. Pague a fatura integralmente: sempre que possível, pague o valor total da fatura do cartão de crédito. Isso evita a incidência de juros e contribui para um bom histórico de crédito. 

3. Evite o acúmulo de parcelas: compras parceladas podem dar a falsa impressão de que o orçamento está sob controle, mas o acúmulo de parcelas compromete a renda futura. Antes de parcelar, avalie se a parcela caberá no seu orçamento nos próximos meses. 

4. Negocie com a instituição financeira: se você perceber que não conseguirá pagar o valor total da fatura, entre em contato com o banco antes do vencimento. Muitas instituições oferecem alternativas de parcelamento com juros menores do que os do crédito rotativo. 

5. Tenha uma reserva de emergência: uma reserva financeira pode ser a solução para imprevistos, evitando a necessidade de recorrer ao crédito rotativo. O ideal é ter o equivalente a, pelo menos, três a seis meses de despesas guardadas. 

Alternativas ao crédito rotativo 

O crédito rotativo deve ser usado somente em emergências e apenas se você tiver certeza de que conseguirá pagar o valor total da fatura do próximo mês. Mas, se isso não for possível, é importante saber que existem outras opções de crédito com condições mais favoráveis que te ajudarão a quitar sua fatura e até mesmo outras dívidas. Confira as principais: 

Empréstimo pessoal  

Embora as taxas do empréstimo pessoal nem sempre sejam atrativas, normalmente são menores do que as do rotativo. Além disso, você pode pesquisar entre as opções disponíveis para contratar aquela que traz mais vantagens para sua realidade financeira.  

Antes da contratação, é importante avaliar as taxas de juros e as condições oferecidas. Você também deve avaliar o Custo Efetivo Total (CET) do empréstimo. Só assim você saberá se as condições são realmente melhores do que no crédito rotativo e poderá fazer a contratação.  

Empréstimo com garantia  

As condições desse tipo de crédito costumam estar entre as melhores do mercado. Nessa modalidade, é preciso oferecer um bem como garantia. Por exemplo, um imóvel ou um veículo.  

Devido à garantia de pagamento, as instituições financeiras costumam oferecer as menores taxas de juros do mercado e prazos maiores de pagamento.  

Na CashMe, por exemplo, você pode solicitar um empréstimo com garantia de imóvel de até 60% do valor do seu imóvel, e pagar em até 240 meses.  

Microcrédito  

Apesar de as taxas de juros dessa modalidade serem altas, essa é uma forma de conseguir empréstimo de forma fácil, mesmo para quem tem score baixo ou nome sujo. Normalmente, as empresas emprestam até R$ 3.500 para quem opta por essa linha.  

É possível contratar esse tipo de crédito para pagar as parcelas na conta de luz ou oferecer o celular como garantia em caso de inadimplência. Caso isso aconteça, o aparelho é bloqueado pelo credor.  

Antes de contratar qualquer uma dessas opções, é essencial analisar o CET de seu empréstimo. Por meio dele, é possível conhecer todos os custos, tributos ou tarifas envolvidas na operação, além do valor final real.  

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Perguntas frequentes sobre crédito rotativo 

O crédito rotativo gera muitas dúvidas, principalmente em relação ao seu funcionamento, custos e formas de evitar o endividamento. A seguir, respondemos às perguntas mais frequentes sobre o tema para ajudar você a entender melhor essa modalidade de crédito. 

É melhor pagar o rotativo ou parcelar? 

Parcelar a fatura costuma ser mais vantajoso, pois as taxas de juros são menores em comparação ao crédito rotativo. 

O que acontece se eu não pagar o crédito rotativo? 

O não pagamento do crédito rotativo resulta em juros adicionais, negativação do CPF e restrições de crédito, dificultando o acesso a novos financiamentos. 

Quanto tempo posso ficar no rotativo? 

Você pode permanecer no crédito rotativo por até 30 dias. Após esse período, o banco deve oferecer opções de parcelamento da dívida. 

Tem como cancelar o crédito rotativo? 

Você pode sair do crédito rotativo pagando o saldo devedor ou negociando um parcelamento com o banco. 

Sou obrigado a pagar juros rotativos? 

Sim, se você não pagar o valor total da fatura, os juros rotativos são aplicados automaticamente sobre o saldo devedor. 

Quantos dias de atraso do cartão entra no rotativo? 

O crédito rotativo é acionado imediatamente após o vencimento da fatura se o valor total não for pago, sem necessidade de atraso. 

O que é o mínimo para rotativo do cartão de crédito? 

O pagamento mínimo é o valor mínimo que você precisa pagar para não ficar inadimplente, geralmente em torno de 15% da fatura. 

O home equity pode me ajudar com dívidas de crédito rotativo? 

Sim. O home equity oferece taxas de juros mais baixas, o que ajuda a quitar dívidas caras, como as do rotativo, com mais facilidade. 

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