No Brasil, é muito comum ouvir falar sobre a conhecida inflação presente em nossa economia, muito por conta da instabilidade do cenário econômico brasileiro. A sua principal consequência é o aumento dos preços em diversos itens do cotidiano.
Mas e a deflação? Ela é justamente o contrário da inflação, sendo caracterizada por uma queda nos preços em geral. Para entender melhor o que ela é e qual é o seu impacto sobre o seu dinheiro, preparamos um guia completo sobre o assunto. Continue lendo e confira mais detalhes!
O que é a deflação?
A deflação é uma queda geral nos preços de produtos e serviços, sendo constante e durando por um período razoável. Porém, para ser considerado uma deflação, a queda nos valores deve acontecer pelo tempo necessário para ela se tornar uma tendência. Além disso, não basta que apenas alguns produtos sofram queda, é importante que uma grande parcela dos segmentos tenha uma redução nos seus preços.
E as suas causas podem ser diversas, desde menos dinheiro circulando no mercado, o que resulta em menos vendas e na redução de preços, até uma quebra na relação de oferta e demanda, com mais produtos ofertados do que demanda para eles.
Isso nos faz pensar que ela é, até mesmo, algo bom para o cenário econômico, certo? Na verdade, ela pode ser bem perigosa para a economia de um país, principalmente quando dura por muito tempo, causando uma recessão econômica que afeta os mais diversos setores.
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Como a deflação é calculada?
Ela é calculada da mesma forma que a inflação. A queda nos preços observada durante esse período faz parte dos índices mais conhecidos, como o IPCA, IPC e IGP-M. O cálculo do IPCA é feito utilizando o preço da cesta básica de alimentos e outros serviços comuns no dia a dia de famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos no mês.
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Quais são as causas da deflação?
Uma das principais causas do fenômeno é o aumento da oferta no mercado, mas sem o mesmo crescimento na demanda. Ou seja, existem mais produtos e serviços sendo disponibilizados do que compradores.
Por exemplo, se temos um aumento na produção de feijão, mas as pessoas não estão comprando o produto nos mercados, o que acontece é a redução no preço do item para tentar estimular a sua compra.
De certa forma, isso parece ser positivo, porém é um fenômeno que traz diversos problemas para a economia no longo prazo. A segunda principal causa para o problema é a diminuição do dinheiro em circulação. Isso significa que as pessoas estão comprando menos, reduzindo o consumo e afetando toda a cadeia de produção.
Confira também: CDI ou IPCA: como impactam o seu empréstimo?
Qual é a diferença entre deflação, inflação e desinflação?
Se a inflação não é algo bom e a deflação também não, o que devemos considerar como algo positivo em nosso cenário econômico? A resposta é outro termo semelhante aos anteriores: a desinflação.
De um lado, temos a inflação definida por um aumento constante e generalizado dos preços de acordo com índices como o IPCA, enquanto a deflação promova uma queda generalizada. Mas e a desinflação? Ela ocorre quando temos uma redução da inflação, porém menor do que a esperada.
Vamos utilizar um exemplo prático para facilitar o entendimento: imagine uma situação em que você vá mensalmente ao supermercado e encontre o feijão com preços 30% maiores em fevereiro do que em janeiro. Depois, em março, o valor sobe 15% e, em abril, apenas 5%. Podemos dizer que isso seria uma desinflação.
Movimento | O que significa? |
---|---|
Inflação | Aumento constante e geral dos preços |
Deflação | Queda constante e geral dos preços |
Desinflação | Os preços sobem, mas de maneira reduzida, ou seja, uma redução da inflação |
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O que é pior: deflação ou inflação?
Os dois fenômenos quando duram por muito tempo são ruins para a economia. A inflação pode ser considerada “boa” quando está dentro da meta estipulada, já que ela serve como uma espécie de “termômetro” do nosso cenário econômico. Além disso, uma inflação controlada e dentro das metas estipuladas ajuda a ancorar os outros agentes econômicos, com preços fixados antecipadamente.
Uma deflação por longos períodos indica uma economia em recessão ou parada, com empresas fechando, desemprego aumentando e renda da população diminuindo. Por conta disso, podemos considerar a deflação um pouco pior, porém é sempre importante lembrar que a inflação deve ser baixa.
Entendeu como funciona a deflação e como ela afeta toda a nossa economia? É fundamental conhecer esses conceitos para saber como lidar com o seu dinheiro durante esses fenômenos.
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