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Fundos Imobiliários: diversifique sua renda e deixe o dinheiro trabalhar por você

5 dez 2022
28min de leitura

Fundos Imobiliários, ou Fiis, são investimentos no mercado imobiliário com rendimentos mensais e isentos de Imposto de Renda. Essa é uma das principais estratégias de diversificação de carteira para você explorar, deixando o dinheiro trabalhar por você.

O mercado imobiliário sempre foi atraente para os investidores brasileiros, ainda que o investimento direto nem sempre seja interessante. É esperado que imóveis valorizem e que o comprador tenha um bom retorno na hora de, posteriormente, revendê-lo. 

É possível escolher entre diferentes tipos, os quais apresentam rentabilidades e condições também diferenciadas. Para entender o que são os fundos imobiliários, como funcionam, quais são os tipos e como escolher os seus investimentos, continue lendo esse conteúdo que preparamos para você! 

É melhor comprar imóveis ou investir em fundos imobiliários? 

Como você deve ter lido antes, o mercado imobiliário é um dos principais setores de investimento entre os brasileiros. No entanto, a tradicional modalidade de investimento direto, isto é, com a compra e a venda de propriedades, apresenta algumas desvantagens. Uma delas é a falta de liquidez: quando se compra um patrimônio, o valor investido não pode ser facilmente resgatado. 

Outro motivo é o custo de manutenção: uma casa ou um imóvel precisam passar por reformas de manutenção para não terem o seu valor depreciado. Mas não apenas isso, o risco de desvalorização do imóvel também pode se tornar uma preocupação – não compensando, em muitos casos, as chances de valorização.

E mesmo considerando tudo isso, do ponto de vista prático, é um investimento muito interessante, justamente porque oferece retornos mais robustos do que a maioria das opções de investimentos comuns. 

Claro, é uma opção que deve ser considerada a partir de alguns critérios práticos, como os objetivos de curto, médio e longo prazo. Pensando nisso, antes de fazer um investimento como esse, é preciso analisar de forma bastante cautelosa, já que, assim como qualquer investimento, há sempre um risco, mesmo que pequeno.

Contudo, o investimento direto não é a única forma de obter bons rendimentos no mercado imobiliário. Há uma alternativa que pode ser mais simples, lucrativa e prática: os fundos imobiliários.  

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Fundos Imobiliários são renda fixa ou variável? 

Os investimentos podem ser divididos em duas grandes categorias: renda fixa ou renda variável. Em síntese, os investimentos da renda fixa possuem maior previsibilidade, com os ganhos sendo pautados em percentuais pré-definidos ou a partir de índices calculáveis. Em oposição a isso, a renda variável é mais imprevisível, apresentando maiores riscos e maiores chances de ganhos.

No caso dos Fundos Imobiliários, apesar de haver possibilidade de render mensalmente, os valores flutuam de acordo com a oferta e a demanda. Ou seja, tratam-se investimentos em Renda Variável. Sabendo disso, é possível entender que quanto maior o número de pessoas procurando determinada cota para comprar, maior a sua valorização. Por outro lado, quanto maior o número de pessoas procurando vendê-la, menor o seu valor. 

É por isso que os rendimentos e os resultados de um investimento em Fundos Imobiliários não são totalmente garantidos, mas há uma vantagem inegável. Você está ciente de que os potenciais de ganho também são maiores, correto? E o motivo é bem simples: com uma boa gestão, as cotas que apresentam perspectiva de queda são vendidas de forma ágil. O Fundo é mais fluido e, portanto, se adapta às condições atuais do mercado. Isso sem você precisar ficar acompanhando diariamente a performance de cada cota.

Assim sendo, os Fundos são ótimas maneiras de diversificar seus rendimentos sem aumentar a sua responsabilidade sobre os resultados. 

Nesse cenário, a performance dos FIIs vai muito além de uma mera aquisição na Bolsa de Valores. São necessários um acompanhamento próximo e detalhado, tanto da empresa da qual se adquiriu as cotas quanto de fatos externos. 

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Afinal, o que são fundos imobiliários exatamente?

Recomendados como ótima fonte de diversificação para carteiras de investimento, os fundos imobiliários são, como o próprio nome diz, fundos de investimentos do setor imobiliário. Isto é, são compilados de títulos referentes ao mercado imobiliário, escolhidos, adquiridos e administrados por um gestor terceirizado. 

E esse setor é um dos mais procurados pelos brasileiros na hora de investir o dinheiro. Não importa se é para alugar ou para revender. Contudo, quando o valor do imóvel se torna um problema frente a esse interesse, os fundos imobiliários se tornam uma opção ainda melhor.  

Os fundos imobiliários, também chamados de FII (Fundos de Investimentos Imobiliários), representam um grupo de pessoas interessadas em investir em ativos imobiliários. Esses investimentos são feitos a partir da Bolsa de Valores e é baseado na valorização das cotas adquiridas – ou na distribuição dos seus rendimentos. 

Para isso, o investidor adquire uma ou mais cotas em conjunto com outros investidores. O dinheiro obtido nesta junção é usado para negociar diferentes ativos e é administrado por um gestor. Esse gestor é a pessoa que encontra novas oportunidades e faz as aplicações conforme as estratégias e objetivos dos investidores. 

É comum que a aquisição seja feita dos próprios empreendimentos e suas construções, mas não é raro que outros tipos de títulos imobiliários sejam adquiridos. 

Como ainda, tratam-se de investimentos de Renda Variável e, portanto, apresentam riscos maiores do que os investimentos em Renda Fixa. Contudo, também são maiores os potenciais de ganho. E essa é a primeira explicação para esse investimento ter se tornado tão popular nos últimos anos.  

Quais são os tipos de FIIs? 

Como falamos antes, os fundos podem ser referentes às construções em si ou a títulos imobiliários. Essas informações já oferecem um indício de que existem muitas modalidades diferentes de fundos, cada um seguindo sua própria estrutura, estratégia e carteira. 

De um modo geral, eles podem ser classificados de três maneiras diferentes. E cada uma dessas categorias é definida por características próprias do fundo:

  1. Fundos de tijolo

Como o próprio nome diz, são os fundos compostos majoritariamente por construções físicas, de “tijolo”. A ideia é que o investimento seja feito em estruturas reais, que existem no mundo. A base desses fundos são os investimentos em aquisição, construção ou aluguel de imóveis comerciais. Os investidores recebem sua cota parte desses ganhos mensais. 

Um diferencial desse tipo de investimento é que as propriedades já estão construídas e prontas para uso ou que o objetivo da arrecadação seja justamente para fazer isso ser viável. 

Uma das maiores vantagens dessa categoria é que o investimento é feito em ativos reais. 

Mas aqui estamos falando apenas de uma classificação macro: existem muitos tipos diferentes de fundos de tijolos. Para entender isso é bastante simples, basta se lembrar que existem inúmeros tipos de imóveis e propriedades nas quais se pode investir. 

Algumas possibilidades são:

  • Lajes corporativas;
  • Lojas e supermercados;
  • Educacional, escolas e universidades;
  • Agências bancárias;
  • Shoppings;
  • Salas comerciais e escritórios;
  • Galpões de logística;
  • Galpões industriais;
  • Hotéis;
  • Hospitais;
  • Cemitérios.

Isso significa que, mesmo dentro dessa categoria de fundos, é possível diversificar os investimentos para mitigar os riscos – mas falaremos sobre isso mais adiante. 

  1. Fundos de papel

Os fundos de papel são voltados para instrumentos financeiros com lastro no setor imobiliário, mas que não correspondem a propriedades físicas. Alguns exemplos são os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), as Letras de Crédito Imobiliário (LCI e as letras Hipotecárias (LH). 

Em resumo, são títulos correspondentes a documentos do setor imobiliário, os quais possuem relação com os empreendimentos físicos, mas não rendem necessária e diretamente de acordo com eles. 

Os CRI são emitidos, por exemplo, por instituições que desejam executar algum projeto no segmento, mas que não necessariamente fazem parte do setor financeiro. Eles são interessantes porque podem ter como garantia os aluguéis que serão recebidos no futuro. A contrapartida, nesse cenário, poderia ser o dinheiro para realizar a obra, por exemplo. 

Isto é, o CRI é emitido mediante o pagamento antecipado com uma determinada taxa, combinada em contrato, e os investidores recebem esses rendimentos. 

No caso das letras de crédito, o banco, ou uma instituição financeira competente, elabora uma LCI para que o crédito seja arrecadado em troca do recebimento de taxas pré ou pós-fixadas, no futuro. O mais comum é que as taxas sejam vinculadas à CDI, uma taxa que se baseia nas operações realizadas entre bancos. 

Esses fundos também são conhecidos como Fundos Recebíveis, já que, na prática, o que ocorre é a aquisição do direito ao recebimento dos créditos imobiliários. São constituídos por ações negociadas na Bolsa de Valores e a venda dessas cotas, assim como os rendimentos mensais, são utilizados para remunerar os investidores. 

Além disso, uma informação interessante a respeito dessa categoria de fundos é que elas possuem menor risco e volatilidade. Principalmente quando comparada a outros perfis de renda variável. 

  1. Fundo de Fundos (FOFs)

Você provavelmente já percebeu que os fundos são conjuntos de investimentos cuidadosamente administrados e acompanhados por seus gestores. Cada conjunto desse reúne ativos do setor imobiliário. Mas assim como os títulos podem ser negociados individualmente, os fundos também podem. 

É com base nisso que fundos inteiros são negociados – possibilitando que os investidores acumulem diversos FIIs na carteira de investimentos. Esses são só FOFs, ou Fundos de Fundos. 

Essa é uma estratégia para ter acesso a diversos fundos fazendo uma única aplicação. A maior vantagem é que a carteira já se torna diversificada logo de início. E justamente por isso é uma boa opção para investidores iniciantes. 

No entanto, antes de fazer esse tipo de investimento, é preciso considerar as taxas. Em muitos casos, elas reduzem de forma significativa a rentabilidade dos investimentos. 

Como funciona a composição dos fundos imobiliários? 

Pode parecer complexo, mas o funcionamento dos FIIs é bem simples. Como falamos antes, essa é uma classe de ativos de renda variável e que reúne, em um só investimento, diferentes cotistas.

Essas pessoas possuem interesses e objetivos em comum e é isso que orienta as decisões do gestor. Assim sendo, os recursos levantados por esses investidores é administrado por um terceiro, o qual define e acompanha os títulos adquiridos.

Pense em uma cota como um jogador de futebol. Ele tem o seu papel e a sua relevância individual, certo? Nessa analogia, o fundo de investimentos é um time completo. Cada jogador é escolhido por um motivo e a manutenção deles no time depende do rendimento. 

Os investidores seriam os torcedores: acompanham os resultados, mas não precisam lidar com as escalações. Afinal, quem cuida disso é o técnico – que no caso dos FIIs, seria o gestor. 

Mas quais atletas são boas escolhas? Isso depende de muitos fatores: o histórico deles, as estatísticas etc. Uma decisão que é sempre um risco, em maior ou menor intensidade. 

Voltando para o universo dos Fundos, a constituição individual é basicamente um gestor, que pode ser um profissional específico ou uma empresa especializada, e as milhares de cotas. Cada uma dessas cotas é negociada na B3, a Bolsa de Valores. 

Ação por ação, o fundo é montado e estruturado para corresponder aos objetivos dos investidores, com as cotas sendo compradas e vendidas de acordo com as estratégias centrais. 

Ao fim do período determinado pelo próprio FIIs, os lucros são divididos entre os cotistas na proporção da participação individual. E esse lucro pode vir de muitas formas diferentes, como a compra e venda, exploração comercial, aluguel e mais. 

Por isso é um investimento extremamente democrático: quanto mais você investe em um fundo, maior a sua participação nos lucros. 

Quais são as vantagens dos fundos imobiliários?

Com certeza falar das vantagens dos FIIs é uma parada obrigatória para quem pensa em fazer investimentos no setor. Por que será que os Fundos são tão atrativos? 

  1. Diversificação

A primeira resposta para essa pergunta é bastante simples: diversificação de carteira de investimentos. Não importa se você está começando nesse mundo agora, ou se já é um investidor experiente. Ter uma carteira diversificada é o caminho para ter maior segurança no médio e longo prazo. 

  1. Invista em grandes empreendimentos

Uma segunda vantagem é o acesso a empreendimentos de valor significativo. Quando você adquire cotas de um Fundo, você está se juntando a outros investidores para compor um montante expressivo de renda. Essa renda, por sua vez, abre portas para que grandes investimentos sejam feitos, como em shoppings, hospitais, faculdades, prédios comerciais e galpões de logística.

Já imaginou o quanto esses empreendimentos lucram mensalmente? Como investidor de FIIs, você terá acesso a uma parcela de tudo isso – sem precisar ter alguns milhões de reais sobrando.

  1. Inquilinos de grande porte 

E assim como os empreendimentos são mais interessantes, os inquilinos também são. Evidentemente os interessados em alugar imóveis nesse porte também são inquilinos de grande porte, como grandes bancos e empresas. A vantagem direta, no seu caso, é que quanto melhor a reputação do cliente, menores são os riscos de problemas. 

  1. Isenção do Imposto de Renda

Além da rentabilidade e da liquidez desses ativos, outro ponto alto é a isenção do IR. Se você investisse em um imóvel físico, praticamente um terço do seu rendimento seria destinado ao fisco. O que não acontece nos Fundos Imobiliários! 

Claro, existem alguns requisitos: o cotista não pode ter mais do que 10% do total de cotas do fundo, o qual deve ter, no mínimo, 50 cotistas e, por último, as cotas devem ser negociadas ou na Bolsa de Valores ou em um mercado de balcão organizado.

  1. Transparência

A forma como as cotas e ações são negociadas no mercado é responsável por trazer muito mais segurança e transparência. Os investidores da negociação, além de estarem protegidos pelos mecanismos de validação da Bolsa, contam com os demonstrativos financeiros enviados pelos administradores do fundo.

Dessa forma, mensalmente, o gestor do FII precisa encaminhar esses relatórios de ganhos e perdas para os órgãos reguladores, além dos relatórios para acompanhamento geral do fundo. 

Qual é a diferença entre Bolsa de Valores e Mercado de Balcão Organizado?

Em suma, a Bolsa de Valores é uma entidade autorreguladora, operada sob a supervisão da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), e que administra títulos públicos. 

É um espaço no qual investidores conseguem comprar e vender ativos. E, para um fundo ser reconhecido, ele obrigatoriamente deve estar disponível para negociação na Bolsa ou em um Mercado de Balcão organizado. 

Basicamente, uma bolsa de valores é o espaço no qual os ativos financeiros são comercializados. Por lá, ações, câmbio e até mesmo o ouro são negociados como ativos de renda variável. Os Fundos de Investimento Imobiliário, portanto, são apenas um dos setores negociados na instituição.

Ou seja, a Bolsa é um verdadeiro mercado, no qual os produtos vendidos e adquiridos são partes de empresas de capital aberto. Contudo, o mercado das ações é uma fração de tudo que pode e é negociado lá dentro. Alguns conceitos mais complexos também se destacam, como o mercado futuro e o mercado de derivados, mas isso é assunto para outro post.

O motivo de essas negociações serem tão seguras, por sua vez, é que uma empresa precisa fornecer uma série de documentos à CVM e à B3 para que seus ativos sejam formalmente negociados.

Mas a Bolsa não é a única opção. Outro espaço de negociação é o Mercado de Balcão. Grande parte das operações referentes à renda variável são tratadas nele – ocupando um lugar de destaque ao lado da Bolsa de Valores.

Na prática, lá são negociados os ativos que não estão registrados na bolsa. E o seu nome nos dá uma boa indicação de como funcionam. Com o funcionamento totalmente online, as transações acontecem pelo sistema digital da B3 e são conduzidas diretamente nos balcões de venda das corretoras de valores.

Essas corretoras de valores, por sua vez, são as instituições financeiras que intermediam a relação entre pessoas e o mercado. Para que qualquer investimento seja feito, é preciso que uma corretora conduza a aquisição. 

No que diz respeito à segurança, os requisitos são menos rígidos do que os títulos negociados na B3. Mas isso não significa que não há qualquer regulação. 

O foco dessas empresas é encontrar as melhores oportunidades de mercado a partir da negociação de títulos financeiros. E, assim, oferecem também negociações diretas, inclusive de títulos não registrados na Bolsa.

Assim, as operações realizadas no Mercado de Balcão são fiscalizadas e controladas pelas próprias corretoras – empresas que possuem grandes interesses no sucesso desse mercado. 

Desse modo, as principais características do Mercado de Balcão são: inexistência de espaço físico para negociação, flexibilidade nos registros das transações e negociação de ativos não habilitados na Bolsa. 

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Fundos Imobiliários são investimentos arriscados? 

Do ponto de vista regulatório, é totalmente seguro investir nos Fundos Imobiliários. Para que sejam negociados, eles devem estar regulamentados e contar com a autorização da CVM, a Comissão de Valores Mobiliários. Mesmo quando não é negociado diretamente na B3, há um acompanhamento desses ativos por parte da bolsa de valores brasileira. 

Outro ponto a ser considerado é a diversificação. A melhor forma de proteger o seu patrimônio é não colocando todos os ovos na mesma cesta. Ter um portfólio de investimentos variado e com menor volatilidade é uma excelente estratégia para garantir que seu patrimônio não seja prejudicado pela queda de uma única ação, por exemplo.

Contudo, como característica fundamental da Renda Variável, não há previsibilidade. Então é realmente possível que a aplicação apresente rentabilidade negativa em certos períodos, voltando a subir na sequência. Ou vice-versa.

Para reduzir os riscos, é importante considerar alguns fatores que discutiremos mais adiante, assim como observar o lastro do Fundo. Quando os bens imóveis são bem lastreados, o investimento tende a ser mais seguro. Isso significa que a reputação dos imóveis em questão faz toda a diferença. Mas não se preocupe: vamos ensinar você a entender quais investimentos são boas escolhas. 

Antes disso, no entanto, é importante que você entenda quais fenômenos impactam direta ou indiretamente no valor das cotas.

No que diz respeito aos investimentos de Renda Variável, o principal foco da sua atenção deve estar no mercado. Esteja atento às taxas de juros praticadas no mercado, por exemplo. Elas são responsáveis por grande parte do deslocamento do capital. 

Quando a taxa da Selic está menor, por exemplo, os investimentos que são pautados nela se tornam menos interessantes. Então mais pessoas procuram investir seu dinheiro de outra forma. 

É importante estar ciente dessas influências, porque é justamente esse fluxo de investimentos que define a alta ou a queda de uma ação. 

Com o que devo me preocupar na hora de investir? 

O mercado dos Fundos Imobiliários tem crescido de forma considerável nos últimos anos. E a maior causa disso é o incentivo para que novos lançamentos sejam feitos. A partir desse cenário, é comum que as pessoas não se sintam tão confortáveis na hora de investir. Principalmente considerando que é algo muito recente.

Para você fazer boas escolhas, vamos conversar sobre as melhores estratégias de avaliação dos FIIs. Afinal, você precisa comparar os Fundos, analisá-los individualmente e ainda escolher as opções mais vantajosas do mercado. 

Mas tenha calma, existem alguns indicadores que vão te nortear nessa busca pelo investimento ideal. 

  1. Liquidez diária

A liquidez, aqui, representa o volume de negociações que acontecem por dia na Bolsa ou no Balcão. Isso significa que quanto maior a liquidez, maior a facilidade para remover um investimento e evitar maiores prejuízos.

  1. Índice de vacância

Esse índice mede o tempo que um imóvel fica disponível. Vale lembrar que os FIIs rendem a partir do uso comercial dos imóveis, então uma vacância elevada por significar prejuízo. 

  1. Tipo de gestão e qualidade

A gestão é a parte mais importante de um Fundo de Investimento. Afinal, são as boas ou as más escolhas que determinam os rendimentos globais do investimento. Sabendo disso, escolher um Fundo com boa reputação pode poupar muitas dores de cabeça. Acompanhe o histórico e procure referências dos administradores, a eficiência deles é fundamental.

  1. Imóveis negociados

Existindo no mundo real ou não, os imóveis adquiridos pelos Fundos também têm um peso significativo nos rendimentos da empresa. E quanto melhor os imóveis, menores tendem a ser os riscos financeiros. Uma relação proporcional às taxas de vacância, que também tendem a ser menores.

  1. Governança corporativa

Governança são os procedimentos ou a forma escolhida para governar. No caso da governança corporativa, são os métodos utilizados para administrar a empresa. Essa lógica também se aplica aos FIIs e conversa, por exemplo, com a transparência da gestão. 

  1. Taxas do Fundo

Os Fundos de Investimento precisam de um gestor qualificado e competente. No entanto, esse não é um serviço gratuito. Para arcar com o investimento, o Fundo pode cobrar algumas taxas de seus investidores. No caso dos FIIs, as mais comuns são a taxa de administração e a taxa de performance. Quando as taxas são mais altas, menores são os lucros individuais, mas não necessariamente é algo ruim. 

  1. Regularidade e nível de rendimento

Também chamado de dividend yield, esse é um indicador que calcula a taxa de retorno com dividendos. Ter uma boa taxa significa que as empresas são boas pagadoras, reduzindo os riscos da operação. Para chegar ao valor correto, todos os proventos distribuídos pela empresa e o preço das ações são avaliados. Com o paralelo traçado entre esses dois fatores, é possível entender o crescimento da empresa e as projeções futuras.  Assim, acompanhar a regularidade do fundo e o nível de rendimento é também estudar a remuneração de cada um dos cotistas.

  1. Patrimônio do fundo

O patrimônio do fundo é o conjunto de imóveis, áreas locáveis e outros ativos da carteira de investimento. Na prática, é possível entender o quanto o FIIs é capaz de agregar a partir da compreensão de quanto capital já foi gerado. Afinal, esse montante corresponde à riqueza do fundo e é uma das garantias que o seu investimento terá.

Como faço para investir em FIIs?

Agora que você está ciente dos riscos e da lógica por trás da valorização dos títulos dos Fundos Imobiliários, é hora de entender como você pode começar a investir.

A primeira coisa que você precisa saber é que não precisa de muito dinheiro para começar. Com menos de R$100,00 você já encontra bons Fundos de Investimento Imobiliário para começar. 

Primeiramente, você deve criar ou ativar a sua conta em uma corretora de valores. As corretoras são instituições, físicas ou digitais, que administram e regulam a compra e venda desses ativos imobiliários. 

O segundo passo é alocar o dinheiro que você pretende investir nessa conta. Não é preciso transferir mais dinheiro do que poderá aplicar, então uma boa dica é consultar o valor necessário antes de fazer a transferência. 

Com a conta ativa e o dinheiro disponível nela, você precisa encontrar o Fundo que mais for atraente para você. Cada FIIs tem uma nomenclatura própria, composta por quatro letras e o número 11. No home broker da sua corretora, você encontrará todos os ativos que estão atualmente sendo negociados, então basta escolher um deles. 

Contudo, antes de aplicar o seu dinheiro, procure boas referências e escolha o investimento com base nas dicas que passamos anteriormente. Para te ajudar ainda mais, vamos falar sobre quais são os erros mais comuns e como você pode evitar cada um deles. 

E o que eu preciso saber antes de investir? 

Se você chegou até aqui, isso significa que você já sabe como funcionam os Fundos Imobiliários, quais são suas categorias, quais são os riscos e vantagens e o que você deve avaliar antes de adquirir seus títulos. Todavia, você pode se deparar com alguns termos particulares do mundo dos FIIs e se sentir inseguro na hora de aplicar o seu dinheiro.

Para te ajudar a ter mais confiança, preparamos um pequeno glossário para esclarecer melhor quais são os principais conceitos de quem investe em Fundos Imobiliários:

  1. Proventos

Falamos brevemente sobre eles, mas existem mais detalhes que você precisa conhecer a respeito deles. Quando uma empresa de capital aberto negocia suas ações na bolsa, os investidores adquirem parte da titularidade dela. Esse movimento constrói um fluxo de capital bastante interessante para o crescimento dessas empresas, por isso é muito procurado.

No mercado de ações, os investidores alocam capital em uma empresa com potencial para receber uma parte dos rendimentos. Essa parte é justamente o provento. Uma parte essencial e que não se relaciona meramente com as valorizações e desvalorizações das ações.

Na prática, os proventos são os rendimentos globais que são partilhados entre os acionistas de acordo com a quantidade de títulos que eles possuem e também de acordo com o nível de prioridade. 

No mundo das ações, existem as denominadas Preferenciais. Elas costumam ter maior liquidez e são negociadas na Bolsa de forma mais recorrente. Essa categoria de ações garante ao investidor o recebimento preferencial de dividendos e juros – tanto nas partilhas rotineiras quanto em caso de falência da empresa.

  1. Home Broker

A origem do termo se explica pela liberdade geográfica das negociações. Atualmente, as operações de investimento podem ser realizadas a partir de qualquer lugar com acesso à internet – inclusive a partir de casa. 

Para você ter uma boa ideia, antes disso, era necessário ligar para a mesa de operações, aguardar ser atendido e só então fazer a solicitação.

Com o avanço da tecnologia, o Home Broker se tornou uma plataforma que possibilita o investimento em ações com mais autonomia e facilidade.

Essa é uma plataforma unificada e que pode ser acessada por qualquer pessoa física ou jurídica investidora. Para decidir como será feito o seu acesso, avalie as propostas das corretoras de investimento, os preços praticados e as funcionalidades oferecidas. 

É importante também conferir o suporte e o serviço de atendimento online. A eficiência desses serviços pode economizar muito estresse na sua vida. 

Quando escolher qual home broker vai usar, basta realizar o cadastro na instituição e começar a acompanhar os pregões. 

  1. Oferta pública

No universo dos fundos de investimento imobiliário, chamamos de oferta pública o momento no qual o fundo é apresentado aos potenciais investidores. Nessa ocasião, a apresentação é feita pelos administradores com o objetivo de captar novos recursos. 

Normalmente, os recursos são necessários para a realização de outros investimentos, como a aquisição de novas cotas e novos imóveis. Para ser válida e legal, as ofertas públicas devem ser previamente registradas na CVM. 

Esse processo garante maior segurança justamente pelas informações que devem ser fornecidas antes que os investidores possam decidir aplicar ou não o capital naquele título. Contudo, essa obrigatoriedade de registro pode não ser exigida em alguns casos, é preciso ter a orientação de um especialista. 

Em resumo, a oferta pública é o primeiro momento no qual os investidores têm a oportunidade de adquirir as cotas de um novo ativo. 

Quais são os erros mais comuns?

É muito comum que o mercado tenha práticas enraizadas e crenças bem definidas. No entanto, isso não significa dizer que realmente são boas práticas ou crenças. Aqui listamos algumas delas para que você possa tomar decisões melhores:

  1. Acreditar que o investimento é certo

Mesmo com o crescimento do setor, ainda existem muitos riscos. Não aposte todas as suas fichas em um só lugar e, principalmente, jamais use a sua reserva de emergência em renda variável. Você precisa proteger o seu patrimônio e da sua família antes de procurar os rentáveis rendimentos dos Fundos Imobiliários.

  1. Conhecer o último provento não basta

Proventos é o nome dado ao benefício distribuído entre acionistas. Basicamente é o dinheiro que efetivamente é dado aos sócios na distribuição dos lucros. Contudo, apenas avaliar o último provento não é o suficiente. Para você entender melhor, lembre-se que os rendimentos oscilam – para baixo e para cima. 

Assim, o último provento pode ter apresentado um crescimento significativo, mas ainda estar abaixo do esperado para o contexto geral. Uma alteração brusca pode representar um fato atípico ou algo permanente, então conhecer apenas o último provento não basta.

  1. Escolher apenas pela performance do FII

O motivo é similar ao erro anterior: um fator isolado não significa que se trata de uma boa decisão. Nesse caso, a armadilha está na liquidez.  Avaliar a performance é entender se o FII tem subido ou caído na Bolsa, mas a liquidez está diretamente ligada a isso. Quando a liquidez é baixa, as oscilações costumam ser mais intensas. 

Na prática, o FII pode ter apresentado um aumento de 15%, mas, devido à liquidez, sofrer uma queda de 20% na semana seguinte. O mais importante é o panorama geral e não a análise de fatores isolados. 

Quando terei retorno financeiro sobre o investimento? 

E como sabemos que não importa qual seja o seu objetivo, o retorno é uma parte importante, vamos falar sobre isso também. 

Se você se perguntou quando terá retorno financeiro, a resposta é que depende. A rentabilidade, em si, é definida pelo dividend yield (DY), mas a forma como o seu dinheiro irá render varia de FII para FII. 

Em via de regra, o pagamento dos dividendos ocorre mensalmente. Por isso eles são uma interessante fonte de renda extra. 

Por exemplo, considerando um DY de 0,85%, 100 mil reais investidos renderiam R$850,00 ao mês. E, desse modo, quanto maior a taxa de dividend yield, maior o retorno a ser recebido pelo investidor. 

No entanto, a recomendação de especialistas é que esse valor não seja resgatado, mas sim reinvestido. Quando os rendimentos das cotas são usados para adquirir novas cotas, o efeito em cascata ou bola de neve. Ou seja, é recomendado que se use os rendimentos para aumentar os rendimentos a longo prazo. 

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Conclusão 

Vimos que Fundos de Investimento Imobiliário, também conhecidos como FIIs, são investimentos rentáveis de Renda Variável. Mesmo não sendo caracterizados pela previsibilidade, essa modalidade tem atraído cada vez mais os investidores brasileiros pelo elevado potencial de rendimento.

Um cenário favorável sobretudo para diversificação da carteira de investimentos e para a construção de renda extra.

Os FIIs podem ser classificados em três grandes tipos: de papel, de tijolo e Fundos de Fundos. Com suas particularidades, todos possuem em comum a diversificação do portfólio de títulos com uma única aquisição. 

Além disso, os títulos são negociados sempre no Home Broker – uma plataforma unificada na qual as pessoas avaliam os fundos e fazem as suas aquisições. Quando um Fundo é negociado pela primeira vez, os administradores fazem uma oferta pública para os potenciais investidores.

Aqueles que escolhem investir recebem, por sua vez, os rendimentos calculados sobre o dividend yield (DY). Uma taxa estipulada de dividendos a serem recebidos periodicamente. O mais comum é que essa distribuição seja mensal, mas outros modelos também podem ser praticados.

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