As ofertas públicas iniciais, conhecidas pela sigla IPO (do termo em inglês initial public offering) representam uma boa oportunidade para os investidores que buscam ganhos rápidos.
Os IPOs estão entre os eventos do mercado financeiro mais acompanhados pelos investidores. Eles representam a primeira venda de ações de uma empresa para o público, e geram interesse, curiosidade e uma oportunidade para os investidores poderem obter ganhos.
Mas, você sabe exatamente o que é, como funciona e por que as empresas decidem fazer um IPO? Neste guia, você encontra respostas para todas essas perguntas, e ainda confere as vantagens e desvantagens do IPO tanto para os investidores quanto para os negócios. Vamos lá!
O que é IPO?
IPO é a sigla, em inglês, para o termo “initial public offering”. Na prática, esse termo representa a abertura de capital de uma empresa. Ou seja, a primeira vez que uma empresa terá novos sócios por meio de uma oferta de ações para o mercado.
A partir do IPO, a empresa se torna uma companhia de capital aberto, com ações negociadas na Bolsa de Valores, ou a B3, no Brasil. As empresas que tomam esse tipo de ação normalmente estão em um estágio avançado na maturidade dos negócios.
Historicamente, esse tipo de operação costuma ser bem grande no Brasil. Isso significa que podem atingir a casa de centenas de milhões de reais.
Quer saber qual é a linha de crédito mais barata do mercado?
Nosso Empréstimo com Garantia de Imóvel tem taxas até 12 vezes mais baixas do que outras linhas e prazos muito maiores para você quitar sem preocupação.
Como funciona o IPO?
Uma empresa que quer oferecer suas ações para potenciais investidores precisa cumprir uma série de exigências estabelecidas e reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é o órgão responsável pelo mercado de capitais brasileiro.
Após essa primeira etapa, começa o período de reserva da oferta pública inicial, também conhecido como reserva de ações. É nesse momento que os investidores interessados podem solicitar a compra de ações, de acordo com os critérios estabelecidos em cada IPO.
No começo do processo, a empresa determina qual é o valor total que ela pretende arrecadar. Ela também deve estabelecer parâmetros para a reserva, a fim de qualificar os investidores e poder alcançar esse objetivo. Determinar o valor mínimo para investimento é um dos parâmetros a serem estabelecidos.
Porém, a empresa precisa estar preparada para a possibilidade de que a oferta não seja concluída ao fim do período de reserva. Isso porque essa questão depende da demanda do mercado.
Em um cenário muito positivo, a empresa será bem recebida no mercado e conseguirá obter o valor determinado. Dessa forma, todos os investidores que reservaram as ações se tornarão acionistas da empresa.
Caso o negócio se torne bastante lucrativo, poderá se tornar uma fonte de riqueza para os grandes investidores. Isso porque as ações vendidas na oferta pública inicial costumam ser mais baratas.
Além disso, elas podem disparar em um curto período de tempo, devido à especulação do mercado. Essa foi a estratégia do terceiro homem mais rico do mundo, Warren Buffett, para fazer sua fortuna.
Por que empresas fazem IPOs?
O IPO é um processo complexo para as empresas, sendo que muitas vezes também pode ser caro. Além disso, ele envolve uma mudança de mentalidade da gestão, que precisará começar a fornecer informações para o mercado e lidar com acionistas.
Mas, por que, mesmo assim, muitas empresas optam pela abertura de capital? Confira os principais motivos:
Para ter acesso a capital
Emitir ações é uma das principais formas de as empresas conseguirem levantar recursos. Isso porque, para que se tornem acionistas de uma empresa e possam participar de seus resultados, os investidores precisam comprar suas ações. Normalmente, esses valores financiam os investimentos de que a empresa precisa para crescer e prosperar.
Certamente existem outras maneiras pelas quais as empresas podem obter recursos. Entre as mais comuns estão as receitas geradas pelo próprio funcionamento do negócio, e os empréstimos feitos por instituições financeiras.
Contudo, levantar dinheiro por meio de ações possui algumas vantagens. Por exemplo, diferente do financiamento, as ações não possuem um prazo definido e não preveem um retorno específico. Assim, a empresa fica livre de dívidas futuras.
Outro ponto importante é que, diante do tamanho das operações e do prazo para o retorno dos investimentos financiados, o custo de emitir ações pode acabar sendo bem menor. Isso quando comparados aos financiamentos ou outras operações de crédito.
Liquidez
A abertura de capital também é uma forma de as empresas oferecerem liquidez aos seus sócios. Isso significa que essa é uma oportunidade para que eles vendam suas ações a outros investidores e transformem seus papéis em dinheiro.
Agora, por que um empreendedor iria querer se desfazer das ações de sua própria empresa? Por diversos motivos, como a necessidade de recursos para criar outros negócios e por perceber que suas ações estão com um valor elevado, diante das perspectivas e resultados da empresa, por exemplo.
Também existem casos de fundos de venture capital e private equity. Nessas situações, investidores se tornam sócios de empresas em estágios iniciais com o objetivo de vender suas ações com lucro no momento em que a empresa fizer um IPO, por exemplo.
Imagem
Quando uma empresa faz a abertura de capital, ela precisa adequar todos os seus processos internos e aumentar o nível de transparência de suas operações e resultados. Assim, os investidores poderão ter acesso detalhado a tudo o que ocorre para que decidam se irão manter seus recursos aplicados nela ou não.
Normalmente, essa ação traz duas consequências para a empresa:
- Ela ganha credibilidade, ao passo que o mercado começa a entender que uma companhia aberta representa um alto grau de governança corporativa;
- Ela ganha mais projeção e reconhecimento público, já que sua visibilidade na mídia aumenta, bem como o acompanhamento feito por analistas e investidores.
Vantagens e desvantagens de fazer um IPO para as empresas
Confira as vantagens do IPO para as empresas
O IPO é um marco no crescimento do negócio
O momento em que a empresa decide fazer um IPO é muito marcante, já que isso significa que ela se tornou tão bem sucedida que precisa de muito mais capital para que possa continuar crescendo. Em diversos casos, essa é a única forma de a empresa conseguir dinheiro suficiente para financiar a expansão de grandes proporções da qual precisa.
Para os proprietários, é sinônimo de lucro
O momento de fazer um IPO significa que finalmente chegou a hora de os proprietários poderem tirar proveito de seu trabalho. Para isso, é comum fazer a venda de uma grande porcentagem de ações para que possam levantar milhões de reais no dia em que elas se tornam públicas.
Com o IPO, é possível atrair os melhores profissionais
Por meio do IPO, as empresas também conseguem atrair os melhores talentos disponíveis no mercado, já que possuem a opção de pagamento com ações. Assim, existe a possibilidade de pagar um salário reduzido aos primeiros executivos com a promessa de que, no momento da abertura de capital, eles poderão ter um grande retorno.
Desvantagens do IPO para a Empresa
Fazer as adaptações necessárias para o IPO toma tempo e dinheiro
Infelizmente, o processo de abertura de capital de uma empresa requer muito trabalho e dedicação. Assim, os líderes e gestores da empresa não terão tanto tempo para atuar de forma estratégica, podendo vir a prejudicar os lucros do negócio.
O processo é caro e burocrático
Também é necessário contar com investimentos para auxiliar os sócios com as complexidades e o valor do processo.
Os proprietários ficam presos às ações
É importante saber que pode ocorrer de o valor da venda de suas ações não ficar com os proprietários da empresa. Ao contrário, os investidores originais podem exigir que eles apliquem todo o dinheiro de volta no negócio. Além disso, caso decidam permanecer com as ações, pode ser que não consigam vendê-las por anos e até mesmo que sejam proibidos, de fato, de vendê-las.
Porém, mesmo que isso não ocorra, pode acontecer de os proprietários interferirem no valor das ações caso comecem a vendê-las em grandes quantidades. Com essa atitude, o mercado poderia entender que eles não confiam no negócio.
Os proprietários perdem o controle sobre a empresa
Ao abrir o capital de sua empresa, os proprietários podem perder o controle da propriedade dos seus próprios negócios.
Fim do sigilo empresarial
Por último, uma empresa listada na Bolsa de Valores passa por apurações e deve se adequar a regulamentos mais restritivos da CVM e dos acionistas. Dessa forma, diversos detalhes do negócio e dos proprietários passam a se tornar públicos, oferecendo informações valiosas para os concorrentes da empresa.
Como funciona o processo de abertura de capital na bolsa?
A empresa que quer garantir que sua estreia na Bolsa de Valores seja um sucesso precisa se preparar muito antes do lançamento e se comunicar bem com os futuros investidores. Isso porque, esse processo pode levar até um ano e os custos podem chegar na margem dos milhões de reais.
As empresas são obrigadas a criar um documento com detalhes de diversas informações relevantes a respeito da operação interna e dos futuros planos do negócio. Nele, deve estar incluso o histórico do registro contábil dos últimos três anos do negócio.
A intenção desse documento é convencer os potenciais investidores de que aplicar dinheiro nas ações da empresa é um bom negócio. Para essa elaboração, a empresa deve contar com o auxílio de profissionais de diversas áreas, como advogados, contadores e bancários.
Requisitos para fazer um IPO
Diversos requisitos regulatórios e legais devem ser cumpridos pelas companhias que querem fazer um IPO. Por exemplo, a empresa deve estar constituída juridicamente como uma sociedade anônima (conhecida como S/A) que possui capital dividido em ações e não em cotas, como acontece com as companhias limitadas.
Também é necessário que a empresa apresente uma série de exigências relacionadas a:
- Relatórios financeiros auditados por uma empresa externa;
- Aspectos fiscais;
- Governança corporativa;
- Controles internos;
- Conformidade;
- Recursos humanos;
- À própria estrutura societária.
Passo a passo para uma empresa fazer um IPO
Como já citamos anteriormente, o processo para uma empresa fazer um IPO é demorado e cheio de detalhes. Confira as etapas principais:
- Planejamento
O primeiro passo para a abertura de capital de uma empresa também costuma ser o mais demorado do processo. Estamos falando sobre o planejamento e preparação do negócio para a nova etapa.
É nessa fase que os assessores financeiros e a companhia devem decidir as características da operação. Ou seja:
- Qual será o volume de recursos a serem captados para que as ações oferecidas ao mercado sejam compostas;
- Se novos papéis serão emitidos ou se os antigos investidores irão vender uma parte de suas ações;
- A valoração da empresa.
- Auditoria
Normalmente, uma das etapas que faz com que esse processo se alongue é a auditoria financeira do negócio. Isso porque a legislação exige que a empresa apresente três anos de balanços auditados para que ela possa abrir seu capital.
O processo fica mais fácil para companhias que já possuam o hábito de auditar seus resultados (ou seja, de submetê-los à avaliação minuciosa de uma empresa independente e externa). Porém, se a empresa não tiver esse hábito, terá que aguardar o fechamento do período para conseguir ter acesso às informações corretas.
- Roadshow
Esse é o nome dado às reuniões nas quais a empresa será apresentada e oferecida ao mercado. Esses encontros são realizados pelas instituições financeiras assessoras da operação com corretoras, analistas e investidores potenciais. Sua função é despertar o interesse de grandes investidores para que participem do negócio.
Os principais executivos do negócio costumam participar do roadshow, que pode acontecer tanto no país quanto no exterior. Isso porque investidores estrangeiros costumam representar um público importante para o mercado nacional.
A expectativa é que, ao longo desses encontros, os executivos possam esclarecer as dúvidas dos participantes. Assim, eles ficarão familiarizados com o negócio e terão interesse na operação.
Esse processo pode durar semanas, ao longo das quais diversas reuniões são realizadas todos os dias. Esse pode ser um momento cansativo do processo de IPO, porém ele é essencial para seu sucesso.
- Registro e listagem
Diversos procedimentos burocráticos devem ser cumpridos pelas empresas que querem fazer um IPO. O primeiro é solicitar o registro de companhia aberta para a CVM. Paralelamente, deve-se solicitar a autorização para a realização da venda das ações para o público.
A empresa também deve solicitar sua listagem na Bolsa de Valores brasileira, a B3. Somente empresas devidamente listadas podem ter suas ações negociadas nos pregões realizados.
Para isso, a empresa deve escolher um dos cinco segmentos de listagem da B3 no qual pretende ingressar. São eles:
- Nível 1;
- Nível 2;
- Novo Mercado;
- Bovespa Mais;
- Bovespa Mais Nível 2.
Cada segmento tem suas próprias exigências relacionadas à governança corporativa. Como por exemplo, quais e quantas informações devem ser divulgadas, qual é a estrutura societária possível, quais tipos de ações poderão ser emitidas e quantos papéis deverão permanecer em circulação no mercado.
- Prospecto
Este documento, que pode chegar a ter centenas de páginas, é o mais importante de um IPO. Sua proposta é apresentar as informações essenciais para ajudar o investidor a entender o funcionamento da companhia que está abrindo seu capital para que ele possa tomar uma decisão de investimento com uma base sólida.
O prospecto contém, basicamente, dois tipos de informação:
- Informações a respeito da empresa;
- Informações relacionadas à oferta em si.
Dentro dessas categorias estão incluídos os planos e perspectivas da empresa, dados do mercado no qual ela atua, riscos do negócio, o quadro administrativo, as condições da operação e outras informações.
As empresas devem seguir uma estrutura pré-determinada para a elaboração desse documento. Ela traz direcionamentos quanto ao conteúdo e à forma como ele deve ser apresentado.
Na área relacionada à oferta, a seção a respeito dos fatores de risco costuma ser a que os investidores acompanham mais de perto. Esses riscos podem estar relacionados à companhia, às ações, ao ambiente econômico ou até à operação do negócio.
6. Período de reserva
Normalmente, os grandes investidores, como fundos de previdência, já demonstram o interesse em participar de um IPO ao longo dos roadshows. Porém, para investidores considerados não institucionais, um período de reserva é previsto para as ofertas.
Ou seja, eles possuem um prazo para enviar seus pedidos e indicar a quantidade de ações da nova empresa que eles querem adquirir. Esse processo acontece por meio das corretoras de valores cadastradas pela empresa para participar desse processo.
7. Bookbuilding
O bookbuilding é outra etapa bastante importante no processo de um IPO. Esse mecanismo avalia a quantidade e o valor das ações que os investidores demonstraram interesse em comprar para determinar o valor com o qual os papéis serão lançados de forma efetiva.
Por meio dele, uma empresa pode ter noção de como será a receptividade do mercado diante da oferta. Assim, é possível fixar um valor que condiz com as expectativas gerais sobre o IPO da empresa em questão.
O valor e a quantidade de ações disponíveis são divulgados em uma data pré-estabelecida nos documentos da oferta. Dessa forma, os investidores não institucionais saberão como será sua compra de ações. Além disso, pode ser preciso fazer um rateio de acordo com a demanda.
8. Dia D: as ações começam a ser negociadas na Bolsa
A última etapa é a mais esperada: o Dia D, no qual as ações da nova empresa começarão, de fato, a ser negociadas na B3. A performance das ações neste dia costuma ser acompanhada pelos investidores com entusiasmo.
Isso porque este é um indicativo da forma como o mercado recebeu tanto a operação quanto a companhia que começou a ser listada. Quando as cotações disparam é um bom sinal para o mercado.
Precisa de crédito descomplicado?
Veja como a CashMe pode te ajudar:
Qual é o período de reserva do IPO?
Como vimos, os investidores podem solicitar a compra dos papéis antes que eles efetivamente cheguem ao mercado. Isso é chamado de período de reserva, que conta no prospecto de todas as ofertas públicas.
Quando um investidor decide comprar os papéis nas vésperas do IPO, ele costuma pagar um valor mais baixo do que no primeiro pregão. Essa pode ser uma boa opção para o caso de as ações sofrerem uma grande valorização no dia em que o capital for aberto.
Porém, os preços são bastante imprevisíveis, já que as ações em questão nunca foram negociadas antes. Isso significa que, assim como é possível ter altos ganhos no dia da abertura, pode-se ter grandes prejuízos caso as ações caiam.
Tipos de ofertas
Existem diferentes classificações para as ofertas de ações. Elas variam de acordo com a origem dos papéis e com o destino dado aos recursos que são levantados na ocasião. Conheça as diferentes categorias de ofertas de IPO:
Ofertas primárias
Esse é o nome dado à venda de novas ações emitidas pelas companhias no mercado. Ou seja, ao IPO. Os valores conseguidos nesse tipo de operação são direcionados ao caixa das empresas. Assim, elas podem aumentar seu capital social e expandir seus negócios por meio de novos investimentos.
Ofertas secundárias
Já as ofertas secundárias funcionam como uma revenda de ações que já existiam. Nesses casos, a intenção não é aumentar o capital das empresas. Isso porque os papéis geralmente pertencem aos sócios que querem se desfazer ou diminuir sua participação no negócio por algum motivo. Assim, o dinheiro é destinado aos proprietários dos papéis e não ao caixa da companhia.
O que é uma OPA?
Além das ofertas primárias e secundárias, as empresas também podem fazer Ofertas Públicas de Aquisição, conhecidas pela sigla OPA. Essa estratégia é adotada por empresas que pretendem fazer o movimento inverso, ou seja, as que querem deixar o mercado de capitais.
Nesse processo, um acionista controlador faz uma oferta aos acionistas minoritários para comprar suas ações. Dessa forma, os sócios controladores podem assumir totalmente o controle de um determinado negócio.
Vale a pena investir em IPOs?
Se, após ler todo esse conteúdo, você está pensando em comprar as ações lançadas em um IPO, em primeiro lugar, você deve analisar seu perfil de investidor e o tipo de investimento que pretende realizar.
Ou seja, você precisa saber se seu perfil é:
- Conservador – Ou seja, que prioriza investimentos com riscos menores. Esse é o caso de pessoas que querem preservar seu patrimônio, sem correr risco de grandes perdas financeiras;
- Moderado – Ou seja, aquelas pessoas que querem ter segurança em seus investimentos, mas não deixam passar boas oportunidades de rendimento no longo prazo. Assim, costumam aplicar uma parte de seus recursos em investimentos conservadores e outra parte naqueles com menor liquidez e maior rentabilidade;
- Arrojado – Ou seja, quem aceita os riscos do mercado sem dificuldades. Normalmente, investimentos conservadores e moderados são equilibrados em sua estratégia para que ele tenha segurança financeira.
Se seu objetivo é comprar um IPO pensando no longo prazo, com o objetivo de se tornar sócio da empresa e crescer junto com ela, é preciso considerar alguns aspectos. O primeiro deles é que o investidor não possui acesso ao histórico de informações da empresa, já que ela é nova no mercado.
A regra define que as empresas apresentem informações somente a respeito dos três últimos anos. Assim, pode ser bem difícil saber como a empresa reage em períodos de instabilidade econômica, por exemplo.
Além disso, é preciso considerar que os sócios atuais da empresa têm muito mais conhecimento sobre ela do que o restante do mercado. Dessa forma, o acesso às informações é desigual.
Também fica bem difícil de saber como a empresa que está estreando na bolsa se comporta diante de seus concorrentes. Esse fator se agrava principalmente quando ela pertence a um setor com poucas companhias listadas no pregão.
Diante de todas essas questões, quem tem interesse em investir em um IPO deve acompanhar de perto as análises feitas pelos especialistas. Isso porque, apesar de eles terem acesso às mesmas informações disponibilizadas para o público, eles conhecem profundamente o mercado e podem entender melhor qual é a situação das empresas, além de emitir opiniões fundamentadas a seu respeito.
Agora, seu objetivo também pode ser o curto prazo. Ou seja, você pode se desfazer rapidamente das ações, inclusive no mesmo dia em que elas começarem a ser negociadas no pregão. Esse tipo de investidor é chamado de flipper.
Esse tipo de movimento acontece porque é bem comum que as ações de uma empresa subam no primeiro dia de negociação na B3. Isso acontece porque, normalmente, a companhia só prossegue com a abertura de capital quando percebe que o mercado já está aquecido e traz oportunidades para ela.
Nesse caso, é possível, e até provável que haja uma grande demanda pelos papéis, mesmo após os períodos de reserva e bookbuilding. A lógica é a seguinte: quanto mais pessoas ou empresas estiverem interessadas em comprar as ações, maior é a tendência de que as cotações subam no começo da negociação.
Existem casos de papéis cujos preços subiram mais de 20% apenas no primeiro dia de negociação na B3.
Vantagens e desvantagens do IPO para os investidores
Quais são as vantagens de um IPO para os investidores?
Normalmente, as ações iniciais são disponibilizadas somente para os investidores que são informados anteriormente de sua existência. Muitos investidores preferem comprar ações nesse momento e sentir a emoção do IPO.
Além disso, o IPO traz uma grande possibilidade de lucro, já que o valor das ações do IPO pode disparar no primeiro dia de vendas no mercado de ações. Assim, os acionistas podem ter grande lucro logo no começo da operação.
Quais são as desvantagens de um IPO para os investidores?
O desconhecimento relacionado a fatores como demanda e volatilidade, essenciais para a análise de uma ação, pode ser prejudicial para o investidor. Além disso, em alguns casos, o valor das ações dispara no dia da abertura de capital, mas despenca nos dias seguintes a esse evento.
Diante dessas questões, é essencial que o investidor avalie quais são os riscos que ele está disposto a correr. Também é importante analisar qual é a estratégia de investimento que melhor se adapta ao seu perfil e seus objetivos.
Passo a passo de como participar de um IPO
Se, após ler todas essas informações, você ficou ou continua interessado em participar de um IPO, então confira abaixo como fazer isso, e se prepare para as próximas etapas do seu investimento:
1. Abra conta em uma corretora
As corretoras de valores são as intermediadoras de negócios na Bolsa de Valores, além de serem responsáveis pela distribuição das ações vendidas ao longo dos IPOs. Caso você esteja acompanhando uma abertura de capital específica, você deve descobrir quais são as corretoras que estão envolvidas no processo de distribuição, e escolher uma delas para poder participar do processo.
2. Analise quais empresas estão fazendo o processo de abertura de capital
Nos sites da CVM e da B3, é possível fazer uma consulta às empresas que estão fazendo IPOs. Sua corretora também terá essa informação para te passar. Tenha muita atenção no momento de fazer a escolha.
Busque conhecer a atuação da companhia, bem como analisar quais são suas perspectivas de negócios. Conhecer bem os detalhes é essencial para quem quer fazer uma compra de ações consciente e sem arrependimentos.
3. Faça o pedido de reserva
Solicite os documentos necessários para fazer o pedido de reserva de ações para a corretora que você escolheu. É nesse documento que você deverá indicar qual é o valor financeiro que você gostaria de pagar nas ações e a quantidade que pretende comprar.
Envie o pedido, bem como os outros documentos necessários e aguarde as próximas etapas do processo. Provavelmente, será necessário fazer o depósito de um determinado valor para garantir sua participação no IPO.
4. Faça o pagamento
Ao fim do processo de bookbuilding, sua corretora informará qual é o valor final dos papéis e a quantidade exata que você poderá comprar. Transfira recursos para a conta que você abriu para poder fazer o pagamento dos papéis.
5. Acompanhe o início das negociações
Em seguida, os papéis começam a ser negociados na B3. Por isso, fique de olho em seu desempenho e na performance da empresa, da mesma maneira que você faria ao comprar as ações de uma empresa já consolidada.
Qual é o significado dos IPOs para a economia?
Quando há uma alta no número de IPOs sendo emitidos, esse é um sinal de que o mercado de ações está forte e a economia está saudável. Ao longo das recessões, é comum que esse número caia.
Isso porque o trabalho necessário para a abertura de capital não vale a pena quando os preços das ações estão em queda. Mas, quando esse número sobe, normalmente isso significa que a economia está aquecida.
Crédito maior, juros menores!
Com o Empréstimo com Garantia de Imóvel da CashMe, você acessa grandes valores com as menores taxas. Consiga até 25 milhões para projetos pessoais ou empresariais e use como quiser!
Conclusão
A abertura de capital de uma empresa, também conhecida como IPO, é um evento acompanhado de perto pelos investidores. Isso porque representam uma oportunidade de ganhos rápidos para eles.
Em cenários positivos, as empresas que abrem seu capital são bem recebidas no mercado e têm cotação elevada logo no dia do lançamento. Além disso, é possível que elas disparem em pouco tempo, por causa da especulação do mercado.
O que você achou dessa estratégia? Acha que é possível fazer uma fortuna assim como Warren Buffett? Deixe sua opinião nos comentários!